Desarmamento nuclear é debatido na Assembleia





A Assembleia Legislativa foi palco nesta quinta-feira, 6/8, do seminário Desarmamento Nuclear - um Direito Humano, promovido pela Marcha Mundial pela Paz e pela Não-Violência. Eventos similares ocorreram em mais de 300 cidades no mundo, e lembraram os 64 anos do lançamento de uma bomba nuclear sobre a cidade japonesa de Hiroshima.
O seminário teve o apoio dos deputados Pedro Bigardi (PCdoB), Simão Pedro (PT) e Carlos Giannazi (PSOL). Na abertura dos trabalhos, os deputados Helio Nishimoto (PSDB) e Carlos Giannazi destacaram a importância da iniciativa, principalmente na atual conjuntura política mundial. "A violência está banalizada, mas não podemos perder nossa capacidade de indignação", disse o deputado Pedro Bigardi.
No evento foram apresentados vídeos sobre a situação atual dos arsenais militares, demonstrando o alto custo de sua manutenção, dinheiro que seria suficiente para acabar com a fome no mundo, e sobre a Marcha Mundial. Uma exposição com fotos das vítimas e das cidades de Hiroshima e Nagasaki foi montada, e o público presente pôde manusear pedaços de pedaços de telha carbonizados pela radiação do ataque nuclear de 64 anos atrás.
Sobreviventes e palestrantes
Takashi Morita e Kunihiko Bonkohara narraram como foi o ataque nuclear a Nagasaki e Hiroshima, aos quais sobreviveram e que esperam que nunca se repitam. Eles fazem parte da Associação das Vítimas de Bomba Atômica no Brasil e da Associação Hibakusha-Brasil pela Paz, e lembraram que a radiação resultante dos ataques ainda faz vítimas. No Brasil residem 125 sobreviventes, que lutam para receber do governo japonês a necessária assistência médica.
Atual subprefeita da Lapa, na Capital, Soninha Francine conclamou os presentes a lutarem pela paz, pois "não é normal a violência como forma de resolver conflitos". Diretor do Instituto Cultural Hiroshima de São Paulo e professor da Fundação Getúlio Vargas, atuante na área de Relações Internacionais, Alexandre Motonaga também se posicionou pela paz, e lembrou que ainda hoje, apesar de diversos acordos pelo desarmamento nuclear mundial, há cerca de 30 mil ogivas nucleares.
Rodrigo More, professor e advogado nas áreas de direito internacional e marítimo, discorreu sobre os tratados internacionais, que considerou uma "moldura legal onde se pinta o que quer, pois o que vale são as forças políticas". Cabe à sociedade formar uma massa crítica para militar de forma consistente pelo desarmamento nuclear, afirmou.
"A maioria das pessoas não gosta de guerras", disse o jornalista e professor Hamilton Octavio de Souza, para quem o tamanho da luta pela paz é imenso, e parece estar a cargo de "um bando de lunáticos e visionários que se contrapõem às potências mundiais". Mas quando se ouve o relato dos sobreviventes, fica clara a "concretude da catástrofe", e se percebe que é uma luta pela salvação da própria humanidade. Ele ainda considerou os tratados internacionais importantes, por significarem uma tomada de consciência da humanidade.
A marcha
A Marcha Mundial pela Paz e pela Não-Violência é uma iniciativa internacional com o objetivo de criar consciência sobre essas questões, e foi idealizada pela ONG Mundo Sem Guerras e o Movimento Humanista. São 120 países participantes, e diversas personalidades políticas, religiosas, esportivas e artísticas apoiam o movimento. Uma equipe internacional fará uma marcha ao redor do mundo, saindo da Nova Zelândia no dia 2/10/2009, passando por todos os continentes. A caminhada se encerrará, dia 2/1/2010, em Punta de Vacas, aos pés do Aconcágua, na Argentina.
A marcha propõe o desarmamento nuclear mundial, a retirada imediata das tropas invasoras dos territórios ocupados, a redução progressiva dos armamentos convencionais, a assinatura de tratados de não-agressão entre países e a renúncia pelos governos de utilizar a guerra como meio de resolver conflitos. Maiores detalhes podem ser obtidos no site www.marchamundial.org.br.
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