Esporte, Atividade Física e Saúde - O uso público dos campos de futebol é tema de abertura do terceiro dia do seminário
12/04/2012 19:37 | Da Redação - Foto: Marcia Yamamoto e Juliana Balangio




O professor da USP Leste, Reinaldo Tadeu Pacheco, apresentou o resultado parcial da pesquisa que sua equipe desenvolve no Parque Ecológico do Tietê sobre o uso público dos campos de futebol existentes no parque.
Em suas considerações, o docente relatou a dificuldade da manutenção de um programa de esportes de forma permanente no parque em função da mudança constante dos administradores e da falta de uma visão da utilização do parque como área de lazer e de práticas esportivas. "Os administradores, em função da formação em áreas das ciências biológicas e ambientais, muitas vezes não conseguem perceber a importância do uso do parque como área de esporte e lazer, priorizando apenas o aspecto ambiental", disse.
A gestão do uso dos campos de futebol foi uma das dificuldades relatadas pela administração do parque, o que ensejou a realização da pesquisa apresentada, que busca saber quem são estes usuários e propor boas práticas para administração não só dos campos de futebol como de todo o parque.
Atletas
Na segunda conferência do dia, o professor Neilton Souza Jr., mestrando da Escola de Educação Física e Esporte da USP, debateu com os participantes aspectos levantados no trabalho, coordenado pela professora Kátia Rúbio, que estuda os atletas olímpicos do Brasil de 1920 a 2008.
Com 600 entrevistas já realizadas, o pesquisador apontou como dificuldade para melhorar o desempenho olímpico do país, a falta de uma política nacional de esportes que possa organizar e favorecer a capilaridade das diversas modalidades esportivas em todas as camadas da população. Ao abrir os debates Neilton destacou que há monopólio do poder nas entidades que gerenciam o esporte nacional, e muitas vezes a estrutura administrativa corrompida e a falta de transparência são desafios a serem vencidos para que se possa ter uma popularização das diversas modalidades e não apenas daquelas que dão mídia.
O deputado Alencar Santana (PT), membro da Comissão de Assuntos Desportivos da Alesp e líder de bancada, encerrou os trabalhos da primeira parte das conferências do dia.
Santana enfatizou que há a necessidade de uma política de Estado para o esporte, que tenha uma visão estratégica de longo prazo, pois o esporte além de estar relacionado a diversas áreas como saúde, educação, é fator de integração social e de desenvolvimento da auto-estima, não só para o indivíduo, mas também para a nação.
Ao analisar os orçamentos da União e do Estado, Alencar apontou os percentuais como fato que comprova a falta de uma política para a área. Segundos os dados apresentados, a União só destina 0,15% do seu orçamento para a área e o Estado de São Paulo, ainda menos, 0,10%. Do total dos R$ 163 milhões do orçamento estadual para o esporte, R$ 80 milhões são destinados ao custeio da Secretaria de Esportes, R$ 47 milhões vão para os jogos regionais, R$ 22 milhões são aplicados em reformas e construções e R$ 14 milhões para investimentos em projetos.
Para o parlamentar os números comprovam que é necessário repensar esta visão e passar a considerar o esporte como estratégico.
Educação olímpica
O dinheiro público mantém 90% dos esportes no Brasil; os demais 10%, incluindo o futebol, não dependem de financiamento público. Ou seja, sem apoio dos governos, o esporte não sobrevive, e a maioria das federações está quebrada. Este foi o diagnóstico feito pelo professor Georgios Stylianos Hatzidakis, na abertura do painel Proposta de Educação Olímpica e Desportiva: legado sócio-educativo dos megaeventos no Brasil.
Ainda segundo o professor, que é presidente da Associação Brasileira do Desporto Educacional e membro da Academia Olímpica Brasileira e dos conselhos regional e federal de Educação Física, outro problema que o esporte olímpico sofre é a falta de divulgação. As transmissões televisivas de eventos como os Jogos Panamericanos, por exemplo, ocorrem em tevês de baixa audiência.
São Paulo, a maior cidade do país, está com sua estrutura esportiva sucateada. "Não tem mais nenhum espaço decente para receber uma competição esportiva, não há ginásios. O do Ibirapuera, por exemplo, está ultrapassado, apesar da reforma", continuou Hatzidakis. Político não vê que investir no esporte economiza dinheiro em educação e saúde, disse. Assim, é necessário tomar providências para que o "tsunami" esportivo que varrerá o Brasil em 2014, com a Copa, e 2016, com os Jogos Olímpicos, não perca sua força. "Temos de plantar para 2020".
O desafio para o educador físico é fazer os alunos a gostarem do esporte e valorizarem seus valores, que ajudam a formar o caráter dos futuros cidadãos. Hatzidakis sugeriu que, aproveitando os megaeventos esportivos, haja nas escolas, integrando todas as disciplinas, uma educação olímpica, ensinando aos alunos a importância do resgate dos valores humanos. Ele citou o barão de Coubertin, que entendia que a prática esportiva poderia ser uma forma de educação e reforma social.
"Vamos resgatar os jogos escolares, vamos dar ao aluno o gosto de competir, pois esporte é mais que ganhar medalhas, é educação, é formar campeões para a vida", finalizou Georges Hatzidakis.
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