Comissão de Educação vai a Itaquaquecetuba ouvir reclamações sobre cursos
20/04/2012 22:18 | Da Redação: Marisa Mello " Foto: Márcia Yamamoto






















A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, representada por seu presidente Simão Pedro (PT), deslocou-se para Itaquaquecetuba com a finalidade de ouvir relatos sobre a situação das escolas da rede pública daquela cidade. A reunião aconteceu nesta quinta-feira, 19/4, na Associação Comercial e Industrial, com a presença de professores, pais e alunos.
Douglas Izzo, presidente regional da Apeoesp, solicitou a reunião para apresentar quadros estatísticos dos turnos e do número de alunos da rede de ensino em Itaquaquecetuba. Os jovens que frequentam o turno da manhã precisam sair 20 minutos antes do horário em que deveriam sair oficialmente, para ceder lugar àqueles do turno integral (11h às 15h), conhecido como turno da fome. Por isso os alunos do matutino têm menos horas/aula ao dia do que determina a lei. O nome turno da fome foi atribuído porque os alunos recebem um único prato de sopa assim que chegam à escola onde permanecem até a tarde.
Para o palestrante, o Estado não investiu na construção de escolas e, sem que a prefeitura pudesse se preparar adequadamente, municipalizou o ensino. "Faltam ainda creches, pré-escolas e sobretudo planejamento, porque muitos bairros não têm escolas. "Tudo isso acabou gerando salas superlotadas. Sem contar que, como as escolas ficam distantes, no caso de muitos bairros, há necessidade de os alunos serem transportados em ônibus escolares, o que tem alto custo para a prefeitura.
O representante da Apeoesp destacou que cursos noturnos do EJA (supletivo estadual) foram fechados. "Como a grande maioria dos adultos que procuram o curso trabalha, acaba por desistir dos estudos."
Presidente da Conseg, Joelson Miranda, lembrou que houve por parte da comunidade escolar dezenas de solicitações para que os problemas fossem levados ao conhecimento de autoridades responsáveis, mas as tentativas foram em vão. Diretores, supervisores e autoridades municipais não recebem os reclamantes. Isso motivou o presidente da Apeoesp a solicitar apoio da comissão da Assembleia.
Outros problemas
A precariedade do transporte escolar foi outra queixa apresentada. Segundo Antonio Almeida Jr., do Sintraadete, os ônibus que o realizam estão sucateados e provêm de empresa falida de Suzano. Jorge Souza, morador do Jd. Amazonas, reclamou que em seu bairro não há escolas.
O cidadão Barbosa Silva disse que no bairro Horto Ipê foi construída pelo governo federal uma creche para 200 crianças, mas até agora a prefeitura não a inaugurou. Genésio Henrique, líder comunitário, lembrou que as crianças precisam procurar a pré-escola em municípios vizinhos.
Marcelo Silva, da Juventude do PT, lembrou a questão da Etec e da Fatec, instaladas na cidade sem um estudo prévio para se tomar conhecimento da vocação regional da cidade, de forma que os alunos sejam preparados para atender o parque industrial da região.
Edson Moura representou a deputada federal Janete Pietá (PT/SP) e reclamou da merenda escolar, distribuída pela SP Alimentação, empresa que tem sido alvo de denúncias de irregularidades em matérias veiculadas na mídia.
Professora Madô, de escola do Jd. Japão, contestou a intenção do governo do Estado de gradativamente fechar por completo o ensino noturno. "Muitas pessoas que procuram o curso trabalham e não têm condições de pagar por uma escola."
Raimundo Paixão reclamou que seu filho, acidentado e reprovado por dois anos consecutivos, foi impedido de renovar matrícula. Segundo ele, a escola estadual inventou uma regra de que aluno repetente por mais de um ano não pode renovar matrícula. Depois o caso foi revisto e o aluno matriculado, mas o pai acredita que tudo aconteceu porque a escola é superlotada.
Simão Pedro deixou claro que à comissão cabe fiscalizar e tomar providências quanto às escolas estaduais, entretanto tentará pensar em medidas que possam ser tomadas referentes às escolas municipais. "A comissão pode, por exemplo, enviar ofícios sobre os reclamos ao prefeito e demais autoridades de Itaquaquecetuba."
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