Debate trata de bullying e violência nas escolas
23/05/2012 17:26 | Da redação Josué Rocha - FOTO: Roberto Navarro


A violência nas escolas foi tema de audiência pública realizada na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, 23/5. O evento marcou o lançamento da Frente Parlamentar Contra o Bullying e Outras Violências nas Escolas, que será coordenada pela deputada Regina Gonçalves (PV). A parlamentar afirma que o objetivo é promover o debate e buscar propostas para serem apresentadas ao Executivo.
Regina afirma que a frente terá parceiros na abordagem do tema. Serão convidados especialistas na área de psicopedagogia, saúde, educação, justiça e ministério público, dentre outros. Ela observa que o bullyng sempre existiu, mas o dinamismo da sociedade moderna gera mais violência e isso reflete no ambiente escolar. Ela pontua que os professores também são vítimas dessa violência. "É importante que se busque uma cultura de paz no ambiente escolar", reforçou.
Para a representante da Associação Brasileira de Psicopedagogia, Edmara de Lima, a violência na escola é um dos principais entraves ao ensino e desenvolvimento do jovem na escola. Ela explica que a psicopedagogia trabalha na prevenção, procurando evitar que esse problema tenha repercussão na esfera criminal.
Agressão frequente
Segundo a pedagoga, para que a agressão seja considerada bullying, ela deve ter intensidade (ultrapasse certo limite), ser frequente e tenha extensão (tempo de duração da agressão). Ela alerta que o professor não pode desqualificar a queixa do aluno. Segundo ela, muitas vezes, o profissional age dessa forma para se eximir de tomar qualquer atitude.
Outro palestrante, o promotor de justiça José Carlos Blat, disse que atualmente não é mais necessário buscar exemplos dessa violência fora do país. Ele relembrou a tragédia ocorrida na escola de Realengo, Rio de Janeiro, em que um ex-aluno, vítima de bullying, voltou anos depois, revoltado, atirando em diversas pessoas. Ele apresentou uma cartilha elaborada pelo Ministério Público a respeito do tema. Ela está disponível no endereço www.mp.sp.gov.br.
Já a representante da Secretaria da Educação, Deisi Romano, apresentou dados que mostram o tamanho do desafio. Segundo ela, há mais de 5 mil escolas estaduais, que atendem mais de 4 milhões de estudantes. A educadora afirmou que o governo implantou em mais de 2 mil escolas a figura do mediador comunitário, que deve fazer um diagnóstico das vulnerabilidades encontradas e melhorar o diálogo entre alunos, professores e pais, buscando um clima de tranquilidade que não atrapalhe o ensino.
Pais ausentes
Durante a reunião, foi apresentado um vídeo produzido pela Ong Makanudos de Javeh mostrando depoimentos de adolescentes. Eles relatam diversos tipos de agressão, como xingamentos, apelidos maldosos, ameaças, agressões físicas e psicológicas. Em um dos depoimentos, um jovem reconhece que o bullying pode ser combatido pela própria vítima, que deve se aceitar melhor, reconhecer eventual deficiência ou característica peculiar. Isso vai fortalecê-lo ao se deparar com situações adversas.
Sara Realti, professora da Escola Alberto Levy, relatou ações daquela escola no combate ao bullyng, que incluem trabalhos escolares propostos aos alunos, palestras e apresentação de vídeos. Ela ressaltou que os jovens mais agressivos normalmente têm pais ausentes ou pouco participativos na vida estudantil desses alunos.
A deputada Heroilma Tavares (PTB), vice coordenadora da frente, após relatar já ter sido vítima de bullying na infância, disse que aceitou prontamente o convite para participar dessa frente e espera bons frutos desse trabalho. Outro integrante do grupo, o deputado Ulysses Tassinari (PV), médico, ressaltou a importância do tema: "esses transtornos, por vezes, afetam a pessoa pelo resto da vida", declarou. Ao final, Regina Gonçalves, apresentou cronograma dos trabalhos, declarou que a frente é plural, apartidária e buscará ampliar o debate.
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