O tempo, a contínua transformação, a consolidação de novas formas levaram o artista fotógrafo Flávio De Zorzi a modificar, sempre mais, através de novas tecnologias, o estilo, a forma, as dimensões e as cores de suas criações.

Inicialmente uma metamorfose lenta mas progressiva, um sintetizar as linhas que leva a imagem ao essencial, a seguir transforma e transfigura o conjunto.

Além de qualquer veleidade no pressuposto "estético", a espontaneidade das crônicas do cotidiano, que a técnica fotográfica rende aparentemente "fáceis", o jovem fotógrafo Flavio De Zorzi soube utilizar com inteligência as experiências fotográficas desses últimos anos, confirmando a necessidade de aderir à linguagem fotográfica a mais rigorosa metodologia.

O próprio aparelho fotográfico constringe o operador a estar perto, mais perto do tema, quase envolvendo-se na ação da qual faz parte. A imagem se torna para o observador um espaço da memória, em cuja rápida prospectiva ressalta o foco do amplo primeiro plano.

Na obra "La Fenece", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Flavio De Zorzi desenvolve, com precisão crítica e uma fervida tensão ideológica, algumas transformações fantásticas das imagens, num equilíbrio entre lógica do projeto e poesia, aquela poesia que resgata constantemente a sua obra do árido relevo da prospecção, numa lúcida interdependência de símbolos e de signos.



O artista



Flavio De Zorzi, pseudônimo artístico de Flavio Arnizant Dezorzi, nasceu em São Paulo em 1979. Formou-se em design gráfico e comunicação visual (1996) e em fotografia (1999) na Escola Panamericana de Arte, SP, e bacharelou-se em comunicação social com qualificação em publicidade (2001) pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), SP. Em 2007 participou de curso de fotografia de moda pela Accademia di Moda de Milão (Itália).

Participou de workshops em desenho gráfico e comunicação visual no século 21 com Massimo Vignelli e desenho gráfico e estética com Paul Davis, fundamentos de BMC - Body Mind Centering em Nova York e sentidos e percepção com Toni Smith e Anna Witt.

Dirigiu e fotografou em 1999 o curta metragem "Requiem" em 16 mm, recebendo Menção Honrosa pelo "vigor do texto e força da narrativa" concedida pela Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-Metragistas do Rio de Janeiro.

Dirigiu e elaborou o roteiro do curta metragem "Voga" em 35 mm (2001); foi assistente de fotografia de Gustavo Zilberstajn em São Paulo (2007); é autor do Book fotográfico para agências de modelo em Milão como Flash, Why Not and Das Models (2007); participou de diversas publicações da nova safra de cantoras brasileiras como Tie Birreaux, Tulipa Ruiz, Luisa Maita e Mariana Aydar; é autor do projeto fotográfico do segundo álbum de Mariana Aydar intitulado "Peixes Pássaros Pessoas" da Universal Music; realizou a campanha de jeans para RK Denim de Renato Kherlakian (2009); assistente do fotógrafo de moda Fabio Bartelt; com trabalhos realizados para a capa das revistas Vogue, Elle e inúmeros editoriais da FFW Mag e Marie Claire, bem como campanhas para Forum Tufi Duek, Forum Lingerie, Zeferino, Morena Rosa, entre outras (2009 " 2010); assistente do fotógrafo de moda e publicidade Andre Passos em editoriais da Vogue e campanhas O Boticário, John John Denim, Osklen (2010).

Foi convidado a expor no Poster Exhibition Barcelona na ocasião dos Jogos Olímpicos de 1992 recebendo menção honrosa; participou no 11º e 13º São Paulo International Short Film Festival (2000 e 2002); do Audiovisual Paulista que teve como curador Francisco Cesar Filho (2003); da 7ª edição do Trip Magazine Cover, Brazilian Fashion and Political Magazine (2008); esteve presente na Arte Padova (2010) a convite da Galeria Spazio Surreale de São Paulo. Conquistou o Prêmio Especial em fotografia por sua participação na exposição Arte Brasiliana (2010) realizada no Palácio Paradiso sul Mare em Nettuno, Itália.