Museu de Arte - T.C. Carneiro


27/09/2012 10:22 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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Juntando as Mãos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2012/fg118166.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> T.C. Carneiro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2012/fg118167.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A consciência das dificuldades de comunicação entre os seres humanos gerou em T.C. Carneiro a necessidade de se exprimir plasmando a argila, seu sentimento, seu pensar e sua insatisfação interior. Evidentemente nenhum ser humano pode permanecer indiferente frente a tanta destruição produzida pela natureza desencadeada e pelo homem que deseja usurpar o lugar do Criador.

Plenitude das formas, sensualidade levada ao máximo, carregada de orvalho como os brotos na primavera, é a primeira imagem que se oferece ao olhar dessa artista, embora recente no campo da escultura.

Criar da forma de argila ou da pedra, dar corpo a imagens, não se consegue sem pesquisa, trabalho e talento. Alguns escultores dão maior importância ao espaço e ao local em que a obra será colocada, bem como a atmosfera que a circundará. Outros esculpem o vazio e suas formas.

Outros, ainda, pensam que todas essas coisas não têm razão de se mesclarem à escultura. Entretanto, existe a presença da tradição que faz com que a visão do artista seja condicionada por suas origens. Assim é a escultora T.C. Carneiro.

Após um período de meditação, nas obras recentemente criadas, estão representadas diversas fases evolutivas conceituais e técnicas onde a escultora gravou a problemática do momento, a expressão de uma temática de fundo: o ser humano.

Artista refinada que é, T.C. Carneiro traduz na matéria sua calorosa e humana espontaneidade e a transforma numa realidade lírica e poética.

Conforme ela própria define, na obra Juntando as Mãos, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a artista representa momentos do cotidiano, onde se pode juntar as mãos para um objetivo comum, sonhar um sonho possível e devanear por caminhos já percorridos ou, quem sabe, alguns ainda a percorrer.



A artista



Escultora, pintora e fotógrafa, T.C. Carneiro, pseudônimo artístico de Teresa Cristina Carneiro, nasceu em Uberlândia, Minas Gerais, em 1954. Reside em São Paulo desde 1987. Graduou-se inicialmente em matemática pela Universidade Federal de Uberlândia; após prestar concurso foi nomeada auditora fiscal federal do INSS.

Desde muito jovem interessou-se pelas artes plásticas pintando telas a óleo, dentro de uma linha impressionista. Apaixonada pela fotografia, aproveitou de suas viagens de estudo e observação pelo Velho Mundo para fotografar as esculturas dos grandes mestres, principalmente na Grécia e na Itália. Bernini, Rodin e Michelangelo mereceram sempre sua atenção, estudos e pesquisas sobretudo nos museus de Roma, Paris, Florença e Atenas.

No início da década de 80, começou um curso de pintura com o professor Miguel Lopez, em São Paulo, e continuou com o professor Vitorino nos anos 1999 e 2000. Seguiu, ainda em 2003, um curso de desenho e interpretação da figura humana com o conhecido professor Philip Hallawell. Participou ainda de curso sobre pintura realista, ministrado pelo artista Maurício Takiguthi.

Frequentou um curso de escultura com o professor Israel Kislansky, aprendendo a moldar em argila para depois fundir em bronze e resina de poliéster. Em junho de 2003 foi selecionada no 54º Salão Paulista de Belas Artes, com a obra Juntando as Mãos, incluída no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, e participou da Bienal de Arte Internacional de Roma 2010.

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