Após expor com sucesso na primeira quinzena de setembro no Saguão Monumental do Parlamento Europeu em Bruxelas, o premiado pintor brasileiro Carlos Araújo foi convidado pelo Embaixador Ricardo Sessa, representante permanente da Itália junto àquele legislativo e à OTAN para lançar no próximo ano sua Bíblia eletrônica juntamente com suas obras na sede da UNESCO em Paris e nas Nações Unidas em Nova York.

Por ocasião da abertura da exposição na capital belga, a maioria dos representantes dos países membros da Comunidade Europeia manifestou seu apreço elogiando de modo especial as pinturas das passagens bíblicas realizadas por Carlos Araújo e reproduzidas num magnífico volume "Bíblia Citações", cujo primeiro volume foi entregue ao Papa Bento XVI, por ocasião de sua visita ao Brasil.

Vale salientar que a Bíblia em questão, fartamente ilustrada por mais de mil obras pintadas por Carlos Araújo, publica um prefácio escrito pelo próprio Pontífice, uma introdução do Cardeal Mauro Piacenza, presidente da Comissão Pontifícia para os bens culturais e arqueológicos da Igreja Católica, um artigo de Emanuel von Lauenstein Massarani, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico no Estado de São Paulo e da Fundação Pax de Florença, de Dom Emílio Pignoli, Bispo Emérito de Campo Limpo e um depoimento do próprio artista.

Deve-se destacar que Carlos Araújo possui obras em diversos museus do mundo entre eles o Museu do Vaticano e o Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, além de ter sido o primeiro artista brasileiro a ser convidado para expor na Basílica Pontifícia de São Paulo além dos Muros em Roma.



Um artista muito além de sua obra



Vale salientar que as obras de Carlos Araújo não se concluem onde termina a pintura. Elas parecem ter nascido antes de serem pintadas. É justo, pois que vivam também além da superfície estrutural. Um sopro espiritual e etéreo envolve suas criações. Trata-se de um sopro que, inefavelmente, continua muito além.

Ao observarmos sua pintura não nos perguntamos o que é, mas quem é seu autor. Podemos afirmar que Carlos Araújo é um artista além de sua obra. Seu trabalho não é tão somente para ser visto. Não pode ser julgado como o olhamos ou como se julga uma pintura nascida diretamente do olhar, da pincelada, da cor, das relações dos tons.

Cada uma de suas obras nasce como nascem os mundos, cada obra é um mundo à parte. Podemos julgar o mundo?

Seu discurso possui um grande impulso criativo que se adéqua a natureza onde o sentimento permanece aquém da emoção. O movimento emotivo precede a interpretação, domina a escolha do tema, seleciona os dados que permeiam a esfera da congenialidade à sua sensibilidade artística.