Solução para o setor ceramista do Oeste paulista


25/04/2013 16:50 | da assessoria do deputado Ed Thomas

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Amilcar, Mazarella, Salzedas, Quadrelli, Thomas, André, João e Cunha<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2013/fg124184.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Em audiência agendada por Ed Thomas (PSB) entre representantes da Cooperativa das Indústrias Ceramistas do Oeste Paulista (Incoesp), com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Luiz Carlos Quadrelli, na tarde de quarta-feira, 24/4, em São Paulo, foram tratados os diversos problemas enfrentados pelo setor ceramista de Panorama e região, principalmente pela concorrência desleal representada pela ação dos produtores de tijolos do Mato Grosso do Sul que buscam a matéria prima (argila) na região paulista, para vender no mercado consumidor do interior de São Paulo, porém, com o regime fiscal do seu Estado, o que tem provocado fechamento de várias cerâmicas.

No encontro em que estavam o diretor do Incoesp, Milton Salzedas, e os vereadores de Panorama, André Ferreira da Silva e João Antonio da Silva Neto, o consultor de projetos de energias renováveis do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Vicente Mazarella, deu explicações sobre um projeto piloto para a produção do capim elefante, em substituição ao material utilizado até agora para a queima do tijolo, e consequentemente, uma fonte renovável e econômica para os ceramistas.

"É que ao invés de ser utilizado o eucalipto, bagaço da cana-de-açúcar, pó de serragem ou outro produto para aquecer os fornos das olarias, pode ser usado o capim elefante, com uma grande economia e principalmente, além de capturar mais carbono, sendo uma excelente fonte de energia renovável", explicou o parlamentar, que é membro da Comissão do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de São Paulo.

Conforme detalhou o técnico do IPT: "com a utilização da biomassa do capim elefante como fonte energética, o potencial de suprir a demanda é entre 5% a 10% do consumo em até dez anos, com uma produtividade de quase o dobro da cana-de-açúcar, podendo competir também com o eucalipto na produção de carvão, já existindo projetos em andamento para sua utilização como lenha em fábricas de cerâmica, podendo ser usado ainda em usinas termelétricas, diretamente em indústrias e, através do bagaço, na produção de álcool", disse, defendendo que sua utilização pode diminuir o uso de combustíveis fósseis e ainda criar 500 mil empregos no país.

Segundo o deputado Ed Thomas, para implantar inicialmente o projeto, seriam necessários recursos da ordem de R$ 596 mil, valor que contaria com a parceria da própria secretaria estadual, da cooperativa e uma emenda parlamentar, de sua autoria, em torno de R$ 150 mil.

Acompanharam também a audiência, o assessor do IPT, Amilcar M. Gonçalves, e o coordenador de assistência da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, José Rubens Cunha.



edthomas@al.sp.gov.br

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