Audiência pública na Assembleia debate situação de servidores da Saúde
07/06/2013 21:00 | Sillene Coquetti, Gabriel Cabral e Luciana Podiesi Foto: Maurício Garcia




Em greve há 38 dias, os servidores da Saúde que ocupavam as galerias do plenário JK desde terça-feira, 4/6, desocuparam a Assembleia Legislativa após a audiência realizada nesta sexta-feira, 7/6, por iniciativa de alguns deputados. A presidente da Comissão de Saúde, Telma de Souza (PT), parabenizou os servidores que permaneceram em vigília na Casa para chamar a atenção do governador para a greve por melhorias salariais e de trabalho.
Para presidente do SindSaúde, Gervásio Foganholi, semana foi positiva. Ele disse que a categoria não gostaria de "desrespeitar" o acordo firmado com a Presidência da Assembleia de ocupar o JK até hoje. "Fomos muito bem recebidos nesta Casa", enfatizou ele.
"Estávamos em greve há 33 dias e a imprensa não tinha conhecimento do nosso movimento. Após a ocupação, não só a imprensa, mas líderes partidários, como Barros Munhoz (líder do Governo) e outros deputados, em especial Luiz Claudio Marcolino (PT), Olimpio Gomes (PDT) e Carlos Giannazi (PSOL) se colocaram à nossa disposição."
Gervásio informou que essa visibilidade possibilitou o agendamento de uma audiência com os secretários da Saúde, Giovanni Guido Cerri, e de Gestão Pública, Davi Zaia, a ser realizada na segunda-feira, 10/6, na sede da Secretaria da Saúde. "Gostaríamos que o secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, estivesse presente, mas ele não confirmou", lamentou Foganholi.
Caso o governo ofereça uma contraproposta para as reivindicações da categoria - reposição salarial de 32,2%, vale refeição de R$ 26,22, prêmio de incentivo igual para todos e transparência no uso da verba do Fundo Estadual de Saúde (Fundes) -, a assembleia da categoria, marcada para a próxima sexta-feira, 14/6, será antecipada.
A princípio, os servidores da Saúde devem retornar à Assembleia Legislativa na segunda-feira, 10/6, sem horário definido.
Intervenções
Participaram da audiência os deputados Adriano Diogo, Marcos Martins e Luiz Cláudio Marcolino, todos do PT. O deputado Alcides Amazonas (PCdoB) enviou carta em apoio ao movimento. Ainda estiveram presentes representantes das entidades: Central Única dos Trabalhadores Nacional e Estadual (CUT), sindicatos dos Bancários do ABC, dos Químicos do ABC, da Construção Civil, dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e da Saúde Privada, Afiamspe e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), vinculada à CUT.
O presidente do SindSaúde-SP, Gervásio Foganholi, enfatizou que a luta dos grevistas não é apenas por salário e sim em prol da melhora do Sistema Único de Saúde (SUS) e que enquanto o governo deixar a saúde sucateada e permitir que trabalhadores fiquem 30 dias de greve, não haverá melhorias. A secretária nacional de Mulheres da CNTSS/CUT, Célia Regina Costa, informou que a delegação de trabalhadores e estudantes, que estiveram em Genebra, relataram à Corte o posicionamento do governo estadual quanto à saúde.
Para o presidente da CNTSS/CUT, Hélcio Marcelino, o povo está no plenário, onde deve estar, e com os deputados que defendem o povo, mas assegurou que a greve não é política partidária.
Manifestação no Masp
Douglas Martins Izzo, presidente da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo, contestou as afirmações de greve partidária, dizendo que as greves acontecem quando necessário e não de acordo com o partido que administra o governo. Chamou a atenção para a manifestação que ocorrerá dia 11/6, às 14h, na Avenida Paulista, com a participação de funcionários da Segurança Pública, Educação e demais setores estaduais.
Angelo D"Agostini, diretor do SindSaúde-SP, cumprimentou os deputados presentes e citou benefícios que o governo debate e conflita com os servidores. Relatou casos de corrupção em hospitais com administração privada.
Maria Izabel Noronha, presidente da Apeoesp, disse que não apoia a causa só por solidariedade: "temos pauta comum na Saúde e na Educação", afirmou a sindicalista. Bradou que a luta é necessária pela importância dos serviços públicos. "Não iremos permitir que o neoliberalismo domine esse país", finalizou.
Otelo Chino Junior, diretor do Sindicato dos Médicos de São Paulo, lembrou que o governador é médico e citou o histórico do PSDB no poder. Indignou-se com as negociações que "duraram dois anos para que fossem conquistados arremedos".
Adriano Diogo falou de Guido Cerri, secretário estadual da Saúde, que "administra serviços de saúde como a FFM (Fundação Faculdade de Medicina) e SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento de Medicina), que respondem pela maior parte dos contratos feitos pela Secretaria de Saúde, pasta de Cerri", denunciou Diogo.
Olímpio Gomes afirmou que a base aliada ao governo traz conforto para que o governador Geraldo Alckmin faça o que quiser.
Marcolino mostrou números do aumento da arrecadação de ICMS e IPVA no Estado. Complementou com outras estatísticas da administração pública que justificariam recursos suficientes para fornecer aumento.
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