Educação e Cultura faz audiência no Oficina pela preservação do entorno do teatro
06/09/2013 20:15 | Da Redação: Joel Melo - Foto: José Antônio Teixeira












Com a presença de artistas, políticos, juristas e técnicos, foi realizada nesta quinta-feira, 5/9, nas dependências do Teatro Oficina, audiência pública da Comissão de Educação e Cultura, presidida pelo deputado João Paulo Rillo (PT), com o intuito de reverter o posicionamento do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephat), que autorizou empreendimento imobiliário no entorno do teatro.
Ao abrir o evento, Rillo disse que "o objetivo é resistir à possibilidade da construção do empreendimento e, também, trabalhar pela conservação do espaço do teatro e a sua transformação em um grande aparelho para o nosso país, Estado e cidade". Rillo convidou o diretor e ator José Celso Martinez Corrêa, grande defensor do Oficina por mais de 30 anos, a falar sobre a mais recente ameaça que o teatro vem sofrendo. Zé Celso lembrou vários períodos do Oficina, e falou que o prédio atual é o terceiro que foi construído. O primeiro prédio que abrigou o teatro foi incendiado. "As pessoas que colocaram fogo no Oficina foram as mesmas que depois atacaram o Roda Viva, os grupos paramilitares", acusou Zé Celso, que, em seguida, falou do projeto de Lina Bo Bardi para o teatro e de como a arquiteta pensava o Oficina e seu entorno de uma maneira integrada. Zé Celso contou que existe a disposição de Silvio Santos, proprietário da área vizinha ao teatro, de trocar o terreno por outro, em outra região, o que garantiria o projeto de não só conservar o teatro, mas de criar no entorno uma universidade, uma creche para a vizinhança etc.
Revisão do plano diretor
O promotor de justiça Maurício Ribeiro Lopes, entretanto, não concordou com a visão de que os empresários estariam conformados com a troca do terreno e alertou a todos para a necessidade de se inibir as ações das construtoras. "Há uma vontade sim de se erguer as duas torres. O Oficina corre risco verdadeiro. Não se iludam imaginando que o Silvio Santos está disposto a fazer essa troca, por um terreno em Itaquera, São Mateus ou Guaianazes". O promotor disse ainda que o entendimento do Ministério Público, particularmente da promotoria de habitação e urbanismo, é de que o teatro é importante para a cultura "que está ligada diretamente à qualidade de vida na cidade. É nosso ideal que, na revisão do plano diretor, nós tenhamos zonas de interesse cultural especialmente protegidas e amparadas e esta, em torno do Teatro Oficina, talvez seja a zona mais emblemática da cidade de São Paulo".
As presidentes Ana Lanna e Nádia Somekh, do Condephat e do Conpresp, respectivamente, lembraram que os órgãos que presidem obedecem a critérios técnicos para analisar os tombamentos. Ana disse que desde 1982, quando o Oficina foi tombado como patrimônio histórico, foi feito um descritivo com características do prédio. "Quem é tombado é o prédio, e não o entorno".
Essa decisão, entretanto, pode ser mudada. O Condephat pode rever suas decisões, mas não há nenhuma solicitação para a revisão do tombamento do Teatro Oficina. Nós só podemos agir em função daquilo que existe.
Rillo leu parte de um documento sobre tombamento, que explica, entre outras coisas, o que é área envoltória de um bem tombado: trata-se de uma área em volta do bem tombado sujeita a restrições de ocupação. "Isso vai basear nosso recurso, tanto aos dois conselhos, quanto ao MP". O deputado disse ainda que o motivo de ter realizado a audiência no próprio Oficina é sensibilizar os membros dos conselhos que, ao permitir a construção das torres, descaracterizam o espaço do Oficina e impede o público de contemplar a cidade enquanto assiste as peças.
Também falaram no evento o secretário de Cultura, Marcelo Araújo, os deputados Carlos Giannazi (PSOL), Leci Brandão (PCdoB) e Beto Tricoli (PV), o senador Eduardo Suplicy (PT/SP) e o público, formado na maioria por artistas.
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