Assembleia lança frente parlamentar que discutirá problemas do setor sucroenergético
03/10/2013 19:58 | Joel Melo - Fotos: Vera Massaro






Sob a coordenação dos deputados Roberto Morais (PPS) e Welson Gasparini (PSDB), foi lançada nesta quinta-feira, 3/10, a Frente Parlamentar em Defesa do Setor Sucroenergético para discutir problemas que o setor vem enfrentando e apresentar caminhos que passem por uma atenção especial de Brasília para um setor que é responsável por 420 mil empregos e que processou, na safra 2012/2013, 330 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, cultivadas em mais de 450 municípios paulistas.
Na mesa composta pelos deputados coordenadores e por componentes da frente - como os deputados estaduais Itamar Borges (PMDB), Ramalho da Construção (PSDB) e Dilador Borges (PSDB), pelos deputados federais Arnaldo Jardim (PPS/SP), Mendes Thame (PSDB/SP) e Duarte Nogueira (PSDB/SP), pela secretária Mônica Bergamaschi, pelo prefeito Zezinho Gimenez de Sertãozinho, pelo vereador ribeirãopretano Maurício Gasparini, e os representantes do setor Manoel Carlos Azevedo Ortolan, da Organização dos Plantadores de Cana (Orplana), e Adécio Marques, - a tônica foi pela criação de um marco regulatório e por soluções para tirar rapidamente o setor da crise em que se encontra.
Acorda para o setor!
Roberto Morais abriu a reunião falando sobre como surgiu a ideia, em agosto último, de trabalhar para que "Brasília acorde para o setor". Roberto Morais, que é da região de Piracicaba, cidade conhecida como grande produtora de cana, disse que, juntamente com Welson Gasparini, se propôs a criar a frente por entender que a Assembleia não pode ficar fora dessa luta e que pretende ir junto com os representantes do setor à Brasília.
Trabalho suprapartidário
Welson Gasparini, falando em seguida, observou que "o plenário lotado demonstra que a frente começa com o apoio grande das bases". Gasparini disse que se entusiasmou com o assunto quando, na reunião em Sertãozinho, com o prefeito Zezinho Gimenez, soube da crise e se preocupou em descobrir caminhos para que as reivindicações do setor fossem ouvidas. Gasparini disse ainda que a frente não é contra ninguém e citou que ela recebeu apoio de todos os partidos. E continuou citando dados: "44 usinas deixaram de moer cana nas últimas duas safras e mais dez deixarão de moer na próxima safra e 100 mil empregos serão perdidos em função disso, as indústrias da cadeia produtiva não têm encomendas e trabalham com apenas 50% da sua capacidade enquanto assistem o crescimento de empresas estrangeiras". E continuou: "se isso é verdade, as nossas autoridades têm de ouvir os reclames, o governo federal tem de abrir as portas para o diálogo. Se a crise existe, ela tem de ser analisada para que se possa apresentar soluções". E fez o seguinte questionamento: "por que alguns setores têm conseguido a atenção de nossos governantes e outros não?". Gasparini disse que o número é importante para sensibilizar os governantes: "Se uma pessoa fala, é uma coisa. Se 100 pessoas falam, é outra. As lideranças mais expressivas da área estão aqui presentes. Os nossos governantes não ficarão insensíveis a esse grito de alerta." O deputado lembrou ainda a necessidade de metas, e qual a estratégia a ser usada para sensibilizar o governo.
Itamar Borges, em seguida, falou que o momento é oportuno para o lançamento da frente porque ela vem de encontro ao setor para dar respaldo ao movimento na busca por soluções. Ramalho da Construção foi no mesmo caminho e acrescentou que uma das principais reclamações do sucroenergético é a carga tributária. "O Brasil é campeão na carga tributária e o governo federal deixa de valorizar quem produz alimentos, para valorizar outros setores, como o da produção de automóveis. Dilador Borges falou que os trabalhadores do setor sucroenergético não têm sido valorizados e respeitados à altura de sua importância. "Não fosse o setor agrícola, não teríamos os créditos que foram a salvação da balança comercial".
Estabilidade e segurança
O representante da Orplana, Manoel Carlos de Azevedo, disse que o setor precisa de estabilidade e segurança e na mesma linha foram os deputados federais Arnaldo Jardim, Mendes Thame e Duarte Nogueira, que substituiu Itamar Borges na mesa coordenadora do encontro.
Arnaldo Jardim acusou o governo federal de investir em negócios não prioritários - citou a ajuda que o BNDES deu à Oi no valor de R$ 9 bilhões e, também, de que a Petrobras está tendo dificuldades de cumprir seus compromissos porque está sendo usada para controlar artificialmente o preço da gasolina. "Mantém o preço da gasolina e, artificialmente, contém a inflação, mas está matando, pela paridade estabelecida, a produção de álcool e a Petrobras. Não podemos responsabilizar pessoas individualmente, mas temos que enfrentar descaminhos como esses que citei". Mendes Thame falou da necessidade de unificar propostas e disse que desde sempre tem forçado para que houvesse uma unificação de propostas: os produtores de álcool apresentando a mesma proposta dos produtores de cana, que seria a mesma dos trabalhadores do setor. "Quando a gente chega a esse ponto, ela tem uma força extraordinária. É impossível que a gente ainda não tenha uma proposta, única, vigorosa, para levar às instâncias do governo."
A secretária Mônica Bergamaschi parabenizou os idealizadores da frente e falou que foi por iniciativa do governador Alckmin que houve a redução no ICMS. Mônica falou que seria bom se isso fosse copiado nos outros Estados. Disse ainda que o setor tem dado sucessivas demonstrações de superação e que o governo do Estado trabalha com a hipótese de haver, em 2020, 69% da matriz energética sendo ocupado pelo etanol. Elogiou, também, a preocupação do setor com a sustentabilidade. Mônica ofereceu apoio, mas alertou para os limites que o governo tem para agir. "O governo ajuda muito se não atrapalhar".
Ao finalizar a reunião, Roberto Morais falou da pauta inicial que foi preparada e que contém quatro itens: visita à Secretaria da Agricultura, audiência com o governador, encontros regionais em cidades produtoras de cana-de-açúcar e, finalmente, a ida a Brasília no dia 5/11 para a instalação da frente nacional.
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