Câncer de mama é tema de debate na Comissão de Saúde
01/11/2013 17:44 | Da Redação: Sillene Coquetti Fotos: Marco Cardelino




A Comissão de Saúde debateu nesta terça-feira, 29/10, o quadro da saúde da mulher em relação ao câncer de mama. Os dados apresentados mostram que o maior número de casos registrados no Brasil encontra-se na região sudeste do país. No Estado de São Paulo, são 5973 casos novos por ano, com mortalidade de 13,3 por 100 mil habitantes. O câncer de mama atinge principalmente mulheres acima dos 49 anos.
Segundo o médico e diretor-adjunto de laboratório da Fundação Oncocentro de São Paulo, Marcelo Giannotti, o número de casos de câncer de mama vem aumentando ao longo dos anos e a maior incidência ocorre na faixa etária entre 50 e 69 anos, que corresponde a 47% dos casos atendidos pelo SUS, uma vez que os tratamentos nas redes particulares não são computados. Ainda segundo Giannotti, foi comprovado cientificamente que a maior eficácia do rastreamento pelo exame de mamografia se dá a partir dos 50 anos, pois nos casos de mulheres entre 40 e 49 anos, os benefícios com relação a mortalidade é muito pequeno.
Ao contrário do que é divulgado há anos, Giannotti defende que a mulher não deve fazer o autoexame, e sim conhecer seu corpo e saber se há algo de diferente. "Antigamente se ensinava a mulher a fazer o autoexame como forma de prevenção, porém os trabalhos na área mostraram que ensinar a mulher a fazer a apalpação não reduz a mortalidade pelo câncer, e sim leva a mulher a identificar lesões benignas, que não seriam diagnosticadas, levando-as a passa por mais cirurgias, gerando cicatrizes e ansiedade desnecessária. Por conta disso, hoje não se recomenda que os médicos ensinem a fazer o autoexame", afirmou o médico.
Apoio sem fins lucrativos
No entanto, para a presidente do Instituto Neo Mama de Prevenção e Combate ao Câncer de Mama, Gilze Costa Francisco, o autoexame é muito importante, uma vez que aos 38 anos foi vítima da doença e graças a apalpação ela procurou orientação médica e passou por cirurgia de retirada da mama. Nesse sentido, Gilze defendeu o trabalho do instituto, pois não quer que nenhuma pessoa tenha a mama retirada, como foi seu caso, e explanou que o exame de mamografia deve ser feito anualmente a partir dos 40 anos, e não dos 50, como é sugerido.
O trabalho do instituto é atender de forma gratuita moradores da Baixada Santista, bem como seus familiares. São prestados atendimento psicológico e jurídico, orientação fisioterápica e nutricional, além do banco de perucas e de próteses mamárias externas. Ainda segundo Gilze, o outubro rosa deve ser feito durante os 365 dias do ano, pois o quanto antes for diagnosticada a doença, melhor são os resultados do tratamento.
No mesmo caminho do Instituto Neo Mama encontra-se a Associação das Famílias Rotarianas (Asfar) de Santos, representada pela presidente Elsa Rodrigues e por uma das fundadoras, Regina Celia Leles, que elucidaram o trabalho realizado pela associação. Desde 1995 são distribuídas próteses mamarias externas e a partir de 2010, próteses mamarias internas em parceria com o Hospital Guilherme Álvaro em Santos, que executa as cirurgias. O Estado distribui algumas próteses, mas não são suficientes para a demanda de cirurgias mamarias.
Diante do aumento do número de casos e da falta de equipamentos adequados para diagnosticar o câncer de mama, foi proposta durante a reunião a reedição dos mutirões de câncer de mama, que levam às cidades mais afastadas equipamentos como o mamógrafo para diagnosticar a doença.
Estiveram presentes no debate os deputados Edinho Silva (PT), Gerson Bittencourt (PT), doutor Ulysses (PV), Analice Fernandes (PSDB), Celso Giglio (PSDB), Welson Gasparini (PSDB) e Pedro Tobias (PSDB). Telma de Souza (PT) presidiu a sessão.
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