Ao completar 182 anos, a Polícia Militar do Estado de São Paulo foi homenageada na Assembleia Legislativa com sessão solene proposta pelo deputado Edson Ferrarini (PTB) e realizada nesta segunda-feira, 2/12. "Esta sessão solene é uma forma de o povo de São Paulo dizer muito obrigado à Polícia Militar por tudo que faz e fez em seus 182 anos de história, numa trajetória marcada por momentos intensos", afirmou Ferrarini. Ele se colocou ainda como defensor da corporação contra a imprensa "que tem como esporte predileto falar mal da PM". O coronel Marco Aurélio Alves Pinto, secretário-chefe da Casa Militar paulista, leu um texto enviado pelo comandante geral da PM, coronel Benedito Roberto Meira, a quem ele representou na solenidade. "Aqueles que erguem faixas pedindo o fim da Polícia Militar não conhecem todos os fatos", afirmou Meira no documento. Segundo ele, o papel da PM será sempre o mesmo, tenha ela a denominação militar ou não. No texto, Meira apresentou alguns números sobre a ação da Polícia Militar no Estado em 2013: foram 280 mil ações de resgate, 4 milhões de atendimentos sociais, 20 milhões de intervenções e mais de 50 milhões de ligações telefônicas atendidas pela Central de Emergência. O comandante geral destacou ainda o papel legalista da corporação e assegurou que o modelo militar de policiamento é compatível com a democracia, em ações que cada vez mais dependem de aprovação pública. "Não existe liberdade sem vigilância", ele resumiu. O deputado Major Olímpio (PDT) apontou a necessidade de que a PM tenha representatividade no Legislativo. O parlamentar também fez críticas à política salarial implementada pelo governo do Estado para a corporação, com projetos definidos por ele como "alternativos e malfeitos", que não compensam "o que se magoou a Polícia Militar e seus integrantes". "A PM de São Paulo é a que tem os piores salários no Brasil. Mas acredito que é uma fase, e vai passar." Também participaram do evento o deputado Ramalho da Construção (PSDB) e o diretor de Ensino e Cultura da PM, coronel Omar Lima Leal. Ao final da cerimônia, Ferrarini falou sobre o trabalho social que desenvolve na recuperação de usuários de drogas, e que teve origem quando ele se defrontou com o problema de um subordinado alcoólatra. Tratava-se do soldado (hoje sargento) Heraldo Serpa, que, recuperado, foi homenageado na sessão solene com um troféu para lembrar 43 anos sem ingerir bebidas alcoólicas. "Eu pude devolver um soldado para a PM", orgulhou-se Ferrarini.