Balanço 2013: Comissão da Verdade ouviu relatos de militares que resistiram ao golpe e foram perseguidos
15/01/2014 19:00 | Da Redação: Caroline Leonardo




Em novembro de 2013, a Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva realizou uma audiência conjunta com a Comissão Nacional da Verdade, representada por Rosa Cardoso, para ouvir relatos sobre militares que resistiram ao golpe militar e mantiveram posições em favor da legalidade e da democracia.
"Proporcionalmente, os militares foram os mais atingidos por perseguições e cassações", afirmou o historiador Paulo Cunha, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), na ocasião. Segundo Cunha, de 6.500 a 7.500 militares foram perseguidos, cassados, presos e torturados.
Eugênia Zerbini, filha do general Euryale Zerbini, um legalista que a ditadura retirou do Exército, e de Therezinha Zerbini, fundadora do Movimento Feminino pela Anistia, também foi ouvida. Ela contou sobre o desencanto do pai ao ser afastado do cargo e falou também da mãe, ativista contra o golpe militar que foi presa pela Operação Bandeirantes (Oban) em 1970. Numa visita à mãe, Eugênia foi violentada nas dependências da Oban.
Para Ivan Seixas, coordenador da Comissão da Verdade, é importante revelar esses casos esquecidos, pois estas vítimas sofreram a "crueldade de serem mortas duas vezes: pela repressão e pelo esquecimento".
Ditadura e homossexualidade
O tema Ditadura e Homossexualidade: a resistência do movimento LGBT também foi abordado e para falar sobre o assunto, foram convidados James Green, professor de História e Cultura Brasileira na Brown University (EUA), e Marisa Fernandes, militante lésbica e feminista desde 1978. Socialmente havia uma opinião pública higienista, que buscava criminalizar e transformar em doença a homossexualidade.
Marisa Fernandes, mestre em história social, e integrante do Coletivo de Feministas Lésbicas, disse que nos anos 1960 e 1970 o movimento LGBT convivia com duas ditaduras: a político-militar e a da própria esquerda, que não compreendia que militância e homossexualismo poderiam conviver.
"O jornal Lampião da Esquina, que durou entre 1978 e 1981, foi o pioneiro ao abordar de forma positiva temas LGBT, que permanecem atuais, disse Marisa, que exibiu imagens de alguns exemplares. Das entrevistas mais importantes, ela destacou a da sambista e atual deputada estadual Leci Brandão (PCdoB).
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