O deputado Luiz Claudio Marcolino (PT) foi o convidado de Maria Lídia Flândoli para entrevista ao Jornal da Gazeta dia 21/1. O tema da entrevista foram as denúncias de corrupção envolvendo membros do governo do Estado e executivos das empresas participantes das licitações do Metrô e da CPTM desde 2009.

Na entrevista, o deputado disse ser contraditório que o governador Alckmin venha a público e diga que tem interesse na apuração das denúncias. "Na Assembleia, a base aliada do governo é orientada a não permitir a abertura de uma CPI para apurar o caso", disse o líder petista. Segundo o deputado, convites feitos a secretários e diretores das estatais também foram obstruídos pelos deputados aliados ao governo.

O parlamentar também rebateu a hipótese levantada pela jornalista de que o PT estaria usando o caso como estratégia política, em virtude do ano eleitoral. "As denúncias não foram feitas pelo PT e sim por uma das empresas participantes do esquema, a Siemens, e também pelo Ministério Público da Suíça", disse Marcolino, para quem o PT apenas está cumprindo com a obrigação de defender o interesse da população, principal afetada pelo esquema. "Um milhão de pessoas deixou de ter metrô nos últimos anos por conta das fraudes", disse.

Segundo esclareceu o deputado, desde 2009 o PT entrou com 15 representações no Tribunal de Contas e no Ministério Público do Estado solicitando a apuração das denúncias que, segundo ele, não foram feitas.

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