Frente discute papel do Estado em tecnologia e inovação






Investimentos, inovação e valorização das carreiras foram alguns dos aspectos discutidos no seminário Desafios do Desenvolvimento Sustentável do Estado de São Paulo e o Papel dos Institutos Públicos de Pesquisa e das Fundações Públicas, realizado nesta terça-feira, 10/6. O evento foi promovido pela Frente Parlamentar em Defesa dos Institutos Públicos de Pesquisa e das Fundações Públicas do Estado de São Paulo, coordenada pelo deputado Carlos Neder (PT).
A frente parlamentar tem realizado uma série de eventos para destacar a importância das instituições públicas estaduais que trabalham com pesquisa e análise de dados.
"Não gostaríamos que a defesa e o fortalecimento dos institutos e fundações fossem feitos apenas olhando o passado dessas instituições centenárias", disse Neder. "A discussão sobre o modelo desses órgãos deve estar orientada para a avaliação de tendências e perspectivas de desenvolvimento."
Uma das participantes do seminário, a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, afirmou que o sistema de pós-graduação passou a ser um motor de avanço em pesquisa no país quando começou a ser avaliado.
"Seis décadas de investimento geraram um modelo de avaliação (feito pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, a Capes) que hoje é copiado por outros países", ela completou.
Ela apresentou uma relação de conquistas brasileiras em ciência e tecnologia, nas áreas aeroespacial, agrícola e de biocombustíveis, por exemplo. Dados de 2013 do Índice Global de Inovação colocam o Brasil em 64º lugar, atrás de outros países sul-americanos, como Uruguai e Colômbia.
Papel do setor público
Segundo Helena, os subitens do IGI mostram que "o lado forte do Brasil é a pesquisa e o desenvolvimento, feitos pelas universidades e institutos. Se não fosse isso, a colocação do país estaria ainda pior". O que derruba o país nessa classificação, ela avalia, é o meio ambiente para negócios, em que o país obteve nota 1,4 em 10.
A discussão quanto à origem da inovação é antiga e complexa, avaliou Ros Mari Zenha, geógrafa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo.
"Eu defendo um modelo de inovação que integre a contribuição tecnológica em um contexto social. Tecnologia não é só uma ferramenta, ela interage para determinar o crescimento econômico e a inclusão social", afirmou a pesquisadora.
Quanto ao papel do setor público, ela deu o exemplo dos Estados Unidos, e disse que se engana quem pensa que naquele país a inovação vem só das empresas privadas. Segundo Ros Mari, estudo recente efetuado por pesquisadora da Universidade de Sussex, na Inglaterra, mostra que o governo norte-americano investe pesadamente em ciência básica. "As empresas empreendedoras da Vale do Silício não existiriam se não houvesse investimento em pesquisa básica financiada pelo governo", observou.
Os recursos para a pesquisa deveriam vir de dotações orçamentárias adequadas, "ou seja, um fluxo de recursos estável", esclareceu Ros Mari, e poderiam ser complementados por recursos adicionais, não substituídos por estes. "O governo afirma que gasta muito com o sistema de tecnologia, ciência e inovação. Ele vê isso como gasto, e não como investimento", ela criticou.
Também participaram do evento o economista Marcio Pochmann, professor da Unicamp e presidente da Fundação Perseu Abramo; Orlando Garcia Filho, presidente da Comissão Permanente do Regime de Tempo Integral; e Tania Valeriano e Joaquim Azevedo Filho, que presidem, respectivamente, a Associação de Classes de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de São Paulo (Acap) e da Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo.
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