Documentário da TV Bandeirantes é juntado às provas reunidas pela CPI das Universidades
03/03/2015 22:31 | Da Redação Fotos: Roberto Navarro







Um universo de muito medo. Foi assim que o jornalista Victor Sá, produtor da série de reportagens Trotes " Lições de Estupidez, exibida pela TV Bandeirantes, definiu a experiência de trote violento a que são submetidos calouros de universidades paulistas. O jornalista foi ouvido nesta terça-feira, 3/3, pela CPI instaurada para investigar as denúncias de violações aos direitos humanos nas universidades, presidida pelo deputado Adriano Diogo (PT).
"O que mais me chamou a atenção nessa série é a rede silenciosa que se forma. Muitas denúncias são feitas em off, às vezes porque os calouros terão que conviver com seus agressores, às vezes porque eles absorvem esses fatos e darão o trote no ano seguinte", avaliou Sá.
O jornalista observou que há universidades coniventes, que até cedem espaço para trotes. "Quanto mais tradicional e de difícil ingresso for a faculdade, mais violento e prolongado tende a ser o trote. Trata-se de um processo de formação de quadros de classe média alta, branca, heterossexual e de uma manifestação que lida com preconceitos levados à enésima potência", concluiu.
A série de reportagens foi recebida pela CPI como parte de uma documentação que denuncia agressões, violências sexuais, perseguição, humilhação e desrespeito aos direitos humanos como prática disseminada nos trotes. Muitos estudantes não conseguem superar esses traumas e acabam desistindo da faculdade para a qual se prepararam durante tanto tempo. "Essa série é um documento-chave para o relatório da CPI", afirmou Adriano Diogo, completando: "É também uma enorme contribuição ao jornalismo investigativo", disse.
A importância da CPI também foi destacada pelo jornalista Gilberto Smaniotto, que exibiu reportagens da série sobre o trote. "A CPI abriu uma grande porta. As pessoas se tornaram mais confiantes e passaram a denunciar mais". A luta contra o trote violento deve fortalecer os calouros.
O deputado Marco Aurélio (PT) observou que, por trás do trote, existe "uma escola de formação de opressores, a perenização de uma hierarquia discriminatória, com a complacência da instituição". Sarah Munhoz (PCdoB), também presente à reunião, propôs a criminalização do trote.
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