Ex-maquinistas falam à CPI sobre condições de trabalho nas concessionárias do sistema
21/10/2015 18:52 | Da Redação Fotos: da assessoria do deputado Chico Sardelli






A Comissão Parlamentar de Inquérito que apura os acidentes no transporte ferroviário de carga, coordenada pelo deputado Chico Sardelli (PV), ouviu na manhã desta quarta-feira, 21/10, vários ex-maquinistas das empresas concessionárias que operam o transporte ferroviário no Estado.
Os ex-maquinistas das concessionárias ALL, Rumo ALL, MRS e FCA relataram as condições de trabalho a que estão submetidos os maquinistas e qual a atual situação de manutenção dos equipamentos e do leito ferroviário.
Segundo os relatos, a estrutura de manutenção se inverteu após as concessões. Antes, as ações eram 80% de prevenção e 20% de correção. Hoje, 80% das intervenções acontecem para a correção de algum problema, e apenas 20% d manutenção é preventiva.
Jornada intensa
Os trabalhadores relataram que é usual, principalmente na ALL, a excessiva jornada de trabalho com turnos que chegam a 16 horas de trabalho sem intervalo. Não há estrutura para que eles possam usar sanitário durante a condução dos trens. A ausência de um ajudante, ou um segundo maquinista, também foi ponto reforçado pelos ex-maquinistas. Hoje, só uma pessoa conduz o trem durante todo o trajeto, o que amplia a possibilidade de acidentes.
O relator da CPI, deputado Ricardo Madalena (PR), questionou os depoentes sobre as condições de segurança e o respeito aos limites de velociadade impostos pela Agência Nacional de transportes Terrestres (ANTT). Todos os ex-maquinistas afirmaram que desconheciam quais eram esses limites, e que respeitavam os limites impostos pela concessionária.
Sem válvulas de segurança
Outro fato que chamou a atenção dos parlamentares foi o fato de que, para evitar problemas de manutenção e atrasos, muitas concessionárias retiraram dos vagões as válvulas de segurança, medida que pode favorecer a ocorrência de acidentes, já que o tempo de frenagem torna-se maior, bem como distância percorrida até que o trem pare completamente.
O aumento das composições para levar mais carga é outro fator de risco, pois o maquinista não consegue visualizar toda a composição. Anteriormente, as composições tinham, em média, 200 metros. Hoje, chegam a 1.200 metros.
A falta de treinamento adequado para os atuais maquinistas é mais um item que agrava o risco de acidentes. Os cursos de formação que tornam um trabalhador apto a conduzir um trem tiveram redução de 70% em sua carga horária.
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