Empregados de empresas de telecomunicações sofrem assédio moral e sexual, diz sindicalista
28/10/2015 20:55 | Da Redação: Keiko Bailone Fotos: Roberto Navarro






O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado de São Paulo (Sintetel), Almir Munhoz, disse nesta quarta-feira, 28/10, durante depoimento à CPI que investiga os serviços prestados pelas empresas de telecomunicações, que funcionários de telemarketing sofrem assédio moral e sexual.
Munhoz fez a afirmação em resposta à pergunta do relator da CPI, deputado Roberto Morais (PPS), e confirmou a denúncia ao presidente Orlando Morando (PSDB). Segundo Munhoz, o assédio moral é praticado geralmente pelos chefes que ocupam cargos acima dos supervisores. São eles que fazem pressão para que os funcionários cumpram as metas, sob risco de perder o bônus. "Trata-se de uma exigência abusiva que configura assédio moral", explicou o sindicalista, ressaltando que a situação é agravada por outros constrangimentos corriqueiros, como o controle do número de vezes que o funcionário vai ao banheiro e do tempo que fica ausente.
Já o assédio sexual seria, em parte, facilitado pelo fato de esses trabalhadores serem, em sua maioria, jovens em seu primeiro emprego. Munhoz acrescentou que as denúncias, quando recebidas, são encaminhadas ao Ministério Público.
Terceirização
A terceirização do setor foi outro problema levantado pelo presidente do Sintetel. Ele explicou que o piso salarial dos trabalhadores das empresas terceirizadas pode ser maior do que o dos empregados contratados diretamente pelas concessionárias, mas estas, em contrapartida, pagam os benefícios garantidos pelas leis trabalhistas.
Ocorre que a maioria das empresas de telecomunicações usa mão de obra terceirizada nos call centers, e esses trabalhadores se veem privados dos benefícios previstos nos acordos das convenções coletivas firmadas entre empresas e sindicatos. "Só na Vivo, 80% dos trabalhadores são terceirizados. A Tim é a operadora que tem o maior número de funcionários contratados diretamente".
Fusões
O setor de telecomunicações emprega atualmente 200 mil trabalhadores só no Estado de São Paulo, cuja média salarial é de R$ 2,5 mil. Mas, segundo observou Munhoz, a fusão das empresas de telecomunicações leva à diminuição dos salários. "Vivo e GVT são uma empresa só. Claro, Embratel e Net se juntaram para formar a América Móvel", alertou. Munhoz questionou também o fato de a Anatel não fiscalizar de maneira efetiva essas empresas, apesar de elas operarem serviços de concessão pública. "A Anatel não é técnica; é política", acusou.
Além dos deputados já citados, participaram da reunião os deputados Alencar Santana (PT), Ed Thomas (PSB) e Antonio Salim Curiati (PP).
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