Professores e diretores cobram providências contra violência no entorno de escolas
30/11/2015 20:24 | Da Redação: Keiko Bailone Fotos: Marco Antonio Cardelino






Diretores, professores, alunos, sindicalistas e profissionais de educação reuniram-se nesta segunda-feira, 30/11, em audiência promovida pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL) para debater a violência no entorno das escolas dos bairros de Guaianases e Cidade Tiradentes.
Michelle Bernardes, da Escola Municipal Saturnino Pereira, uma das incentivadoras desta audiência, relatou que as denúncias sobre violência, que envolve desde furtos de carros até assaltos a professores, vêm sendo feitas desde 2013. Naquele ano, em janeiro, estourou o que se chamou de "onda de violência", que começou a crescer, chegando a casos de professores que sofreram atentados a tiros. Em abril do ano seguinte, lembrou Michelle, após e-mails repassados a deputados, vereadores e os secretários municipal e estadual de Educação, 23 escolas desses dois bairros reivindicaram medidas de segurança junto ao dirigente regional.
"É uma questão complicada, nos disseram, porque, a vigilância nas ruas é feita pela Polícia Militar e dentro das escolas (municipais) a responsabilidade fica por conta dos guardas-civis", contou Michelle.
Ela destacou que só na região de Cidade Tiradentes vivem 211 mil habitantes, sendo essa comunidade formada principalmente por jovens negros, as maiores vítimas da violência. "O problema é social", alertou, ao reivindicar uma "cultura de paz, pois onde não há cultura, a violência vira espetáculo".
No mesmo tom de Michelle, o sindicalista João Alberto Rodrigues de Souza, secretário-geral do Sindicato dos Especialistas de Educação do Sindicato Público Municipal de São Paulo (Sinesp), observou que há necessidade de se mudar a visão das Secretarias de Educação, tanto municipal quanto estadual. "Só querem saber se foram feitos boletins de ocorrência; os casos de violência são tratados como questões administrativas, embora o ato violento na escola seja diferente do que ocorre no bar", argumentou, ao se referir ao estresse pós-traumático que leva a vítima " no caso professor " a pedir remoção das escolas situadas na periferia da capital.
Cláudio Fonseca, presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), criticou a falta de diálogo entre as secretarias Municipal e Estadual de Educação, ressaltando que a comunicação é necessária para a articulação conjunta de ações voltadas a cultura e esporte.
As professoras Patrícia Sales Gonçalves e Marilda Borges relataram a situação de extrema pobreza em que vivem os alunos dessas regiões: moram em barracos sem água potável ou banheiro, ficam sozinhos nas casas ou nas ruas e vivenciam situações de vulnerabilidade em que presenciam suas mães mantendo relações sexuais com parceiros sem qualquer privacidade. "Estamos abandonados pelo Poder Público, e o abandono é de dignidade; nessas escolas, nós somos os agentes públicos e temos a responsabilidade de denunciar essas situações", disseram, reivindicando, além de lazer, cultura e esporte, investimento em saúde pública para a região.
Ao final o deputado Carlos Giannazi afirmou que encaminhará as notas taquigráficas e cópias em vídeo da audiência pública ao governador Geraldo Alckmin, ao prefeito Fernando Haddad, às secretarias estadual e municipal da Educação, à Secretaria Estadual da Segurança Pública, à Secretaria Municipal de Segurança Urbana e ao Ministério Público Estadual.
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