Prêmio Santo Dias reconhece personalidades que se destacaram na defesa dos Direitos Humanos





Por iniciativa do deputado Carlos Bezerra (PSDB), foi realizada sessão solene para a entrega do prêmio Santo Dias, destinado a pessoas que se destacaram na luta pela defesa dos direitos humanos. A solenidade, realizada nesta segunda-feira, 11/4, no Plenário Juscelino Kubitschek da Assembleia Legislativa, homenageou, com o prêmio. o ex-deputado Adriano Diogo, o padre Paolo Parise, da Missão Paz, e o ator Wagner Moura, embaixador da Boa Vontade. Receberam menção honrosa o ex-dirigente sindical Joaquim Miranda Sobrinho e o cineasta Alyson Montrezol.
Na abertura da solenidade, Carlos Bezerra fez uma breve apresentação de Santo Dias. Natural de Terra Roxa, interior paulista, acabou por vir trabalhar como operário na Capital, onde ajudou a fundar a Pastoral Operária da Arquidiocese de São Paulo, se destacando, dentre outras atividades, pela luta por justiça social. Em outubro de 1979, pouco depois da edição da Lei da Anistia, Santo foi baleado pelas costas quando liderava uma greve de metalúrgicos em São Paulo. Morreu aos 37 anos deixando mulher e dois filhos. Santo virou sinônimo da luta operária contra a desigualdade.
O deputado Marcos Martins (PT) entregou a primeira menção honrosa ao sindicalista Joaquim Miranda Sobrinho, em reconhecimento à sua luta contra as desigualdades em plena ditadura militar. Outra personalidade a receber menção honrosa foi o cineasta Alyson Montrezol, que há 20 anos luta pelos direitos humanos. Ele reconheceu, em sua fala, maior mérito aos que sofreram perseguição e tortura à época da ditadura, uma importância maior do que a sua. A importância da luta de Montrezol, no entanto, foi atestada por filmes como "Cross the line", que aborda a apatia do jovem contemporâneo de classe média diante da pobreza" e Dignité, que aborda o sistema educativo do Haiti na perspectiva da sua cidadania. Montrezol formou também o Altavista, um coletivo de fotografias que realizou, com primeiro trabalho, um projeto com refugiados ruandenses, 20 anos após o genocídio no país.
Coube a João Paulo Rillo (PT) a entrega do prêmio a Adriano Diogo. O deputado lembrou da luta de Adriano Diogo, ex-secretário, ex-deputado, ex-vereador e eterno defensor dos direitos humanos. "Adriano Diogo presidiu a Comissão da Verdade na Assembleia Legislativa de forma brilhante", disse Rillo, lamentando que o PT não tenha ainda convidado Adriano Diogo a participar do governo, seja no plano municipal, seja no federal.
Por indicação do próprio Carlos Bezerra, também recebeu o prêmio o padre Paolo Parise, que se destacou no apoio aos imigrantes em meio a uma das maiores crises migratórias do mundo, atuando como diretor do Centro de Estudos Migratórios da Missão Paz, que acolhe e encaminha imigrantes que chegam à capital paulista e é considerada uma das referências de acolhimento a imigrantes e refugiados. Bezerra declarou que "o padre Paolo Parise e sua equipe não oferecem discursos ou slogans, mas a realização de um trabalho incansável para mudar a realidade daqueles que aqui chegam, vindo de outras culturas, de outras bases, de outras leis, de outros idiomas, mas que chegam ao Brasil em busca do que todos querem ter na vida: esperança".
Finalmente, com apresentação de alguns trechos de sua atuação no combate ao trabalho escravo, foi homenageado o ator Wagner Moura, que participou da campanha global Fifty for Freedom, contra a escravidão moderna, e da campanha Somos Livres, que reúne organizações brasileiras de direitos humanos. Wagner Moura colabora com a Organização Internacional do Trabalho como embaixador da Boa Vontade. O ator não compareceu por estar fora do país, mas gravou uma declaração agradecendo o prêmio.
Participaram da mesa principal, além das autoridades citadas, Felipe de Paula, secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, e Rafael Moraes, defensor público.
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