Fabricantes de armas fornecidas à polícia falam na Comissão de Segurança
27/04/2016 20:09 | Da Redação: Monica Ferrero Fotos: Marco Antonio Cardelino






Na reunião desta quarta-feira, 27/4, a Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários, presidida pelo deputado Delegado Olim (PP), recebeu, atendendo a requerimento do deputado Orlando Morando (PSDB), representantes de empresas fabricantes de armas que abastecem as polícias Civil e Militar do Estado de São Paulo.
Vice-presidente comercial e de relações internacionais da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), Salésio Nuhs, falou do histórico da empresa, de capital nacional e que existe há 90 anos. Ele informou que a empresa Taurus, líder mundial na fabricação de revólveres e um dos cinco maiores fabricantes de pistolas do mundo, foi comprada pela CBC, e passou efetivamente à sua gestão há nove meses. Desde então, Nuhs responde também pelo cargo de vice-presidente de marketing e vendas da Taurus. Ele discorreu sobre os processos industriais, portfólio de produtos e sobre os contratos de fornecimento mantidos pelas empresas.
O presidente Delegado Olim elogiou o respeito que a CBC tem para com a corporação, mas trouxe os reclamos dos policiais militares sobre a péssima qualidade das pistolas, metralhadoras e submetralhadoras da Taurus, que são "bombas que já causaram mortes e ferimentos; pais de família morrem por conta dessas armas que são fornecidas aos policiais". Para exemplificar, Olim exibiu vídeos que mostram problemas em armas com defeitos, como desencaixe de peças e disparos acidentais.
Os deputados Orlando Morando, Coronel Telhada (PSDB) e Gil Lancaster (DEM) endossaram essas críticas. Morando falou da aquisição de metralhadoras pelo governo do Estado, em 2011, que apresentaram tantas falhas e não foram usadas até o momento. O deputado Jooji Hato (PMDB) também fez questionamentos.
Salésio Nuhs reconheceu os problemas havidos com armas da Taurus. Afirmou que a empresa fez recall de quase 100 mil armas fornecidas a polícia paulista. Respondendo ao deputado Luiz Fernando (PT), disse que armamento é indústria estratégica de defesa na maioria dos países, que sempre usam produto fabricado localmente. Portanto não seria questão de lobby a preferência pela compra de armas nacionais.
O deputado Coronel Camilo (PSD) relembrou a compra de armas que fez quando era comandante da PM paulista. Ele defendeu a abertura de mercado na indústria de armas, com transferência de tecnologia, para melhorar a qualidade do produto nacional. Pediu ainda que a Taurus faça um recall preventivo das armas da polícia, por amostragem, para verificar problemas com lotes em uso.
Nuhs acatou a ideia e disse acreditar que, com a implantação dos processos de qualidade na Taurus, esses problemas deverão deixar de existir. Convidou os parlamentares a realizarem visitas às sedes tanto da CBC como da Taurus. Ele estava acompanhado pelo diretor de marketing da Forjas Tauros, Eduardo Minghelli.
Imbel
O major engenheiro Renaldo Gonzaga de Almeida Filho, representante da Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel), contou que a empresa, pública, é vinculada ao Ministério da Defesa, por intermédio do Comando do Exército, sendo criada em 1975. Ele disse que não houve queixas sobre as armas da Imbel, mas se elas ocorrerem a empresa irá verificar imediatamente.
A Imbel conta atualmente com cinco fábricas, e tem foco na defesa, fornecendo armas para as Forças Armadas e policiais. Como exemplo, o major citou que a Polícia Militar de São Paulo recebeu nos últimos três anos fuzis da Imbel, e a Polícia Civil, pistolas. Disse também que 100% dos armamentos da Polícia Militar de Minas Gerais são da empresa, e que está em desenvolvimento um fuzil específico para uso policial.
Estiveram presentes ainda na reunião os deputados Ed Thomas (PSB), Fernando Cury (PPS) e Celso Nascimento (PSC).
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