Suicídio e saúde emocional são tema de debate na Assembleia
13/09/2016 13:56 | Da redação Monica Ferrero - Foto: Bruna Sampaios





Foi realizado na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira, 12/9, o debate Setembro Amarelo - Falando sobre Saúde Emocional, que discutiu a prevenção ao suicídio, e foi promovido pelo Núcleo de Avaliação Estratégica (NAE). A coordenadora do NAE, Sarah Munhoz, disse que o suicídio é uma questão preocupante, pois é cercada de tabus. Ela lembrou que o prédio da Alesp está iluminado de amarelo, para marcar a campanha.
Diversos especialistas falaram durante o evento. A psiquiatra e coordenadora da Comissão de Estudos e Prevenção do Suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Alexandrina Maria Meleiro, abordou a importância da campanha de prevenção do suicídio, ressaltando os sinais e estratégias que devem chamar atenção de familiares e de agentes de saúde.
Ela discorreu sobre os fatores sociais e psíquicos que levam uma pessoa a pensar em suicídio, o que considera uma "epidemia silenciosa". No mundo, a cada 40 segundos uma pessoa se mata. No Brasil, em 2012, foram mais de 11 mil casos, sendo a segunda maior causa de morte entre os jovens de 15 a 34 anos de idade. "A prevenção é importante, pois, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, 9 em cada 10 casos poderiam ser evitados."
Alexandrina ainda lembrou a origem do amarelo para marcar a campanha de prevenção: em 1994, nos EUA, um jovem de 17 anos se matou, causando um acidente com seu carro amarelo. Em seu funeral, a família distribuiu cartões e fitas amarelas para alertar sobre o suicídio.
Importância da conversa
O trabalho do Centro de Valorização da Vida (CVV) e a importância do trabalho voluntário na entidade foram o tema do voluntário Marcelo Ruiz. Ele destacou que "conversar é a melhor solução" e informou que o CVV mantém não só atendimento telefônico, através do número 141, mas também via internet.
Presidente da Associação Brasileira de Familiares e Amigos de Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata), Neila M. Campos falou sobre a importância da conscientização dos familiares de portadores de transtornos afetivos. Os maiores índices de suicídio, segundo ela, são de portadores de transtorno bipolar e depressivos, por isso a Abrata tem como missão esclarecer pacientes e seus familiares sobre o problema, o que complementa a psicoterapia e o tratamento psicofarmacológico.
O atendimento aos sobreviventes de suicídio, familiares, amigos e profissionais de ajuda foram o tema da psicóloga e co-fundadora do Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio e membro da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio Karen Scavacini. A entidade, que fundou em 2014, realiza encontros entre os sobreviventes de suicídio e familiares de vítimas, pois o diálogo é essencial, uma vez que para cada vítima fatal há 20 tentativas de suicídio.
A psiquiatra e vice-presidente do Conselho Científico da Abrata, Sonia Palma falou sobre a importância de estar alerta ao risco de suicídio na adolescência. Ela falou sobre os sinais de alerta, ainda que sutis, e da presença de algum transtorno afetivo no jovem, que pode não ser detectado pela família ou amigos. Esse transtorno pode ser principalmente a depressão ou o abuso de drogas. Também a imaturidade e expectativas em excesso podem gerar no adolescente uma pressão insustentável, afirmou. Sonia falou ainda dos fatores de proteção e prevenção ao suicídio de jovens.
Há na internet uma cartilha da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), que pode ser acessada no link http://goo.gl/hq3zAa. O CVV é acessível através de chats no site cvv.org.br, onde há endereços dos postos de atendimento, que incluem redes sociais.
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