Assembleia promove ações pelo Dia Mundial de Luta contra a Aids
01/12/2016 18:03 | Da Redação Keiko Bailone - Foto: Maurício Garcia de Souza






A Assembleia Legislativa promoveu nesta semana uma série de ações para marcar o Dia Mundial de Luta contra a Aids: audiência pública, entrega de preservativos masculinos e femininos nas dependências do Palácio 9 de Julho, oficinas de orientação sobre métodos de prevenção, e palestra do chefe do Departamento de Infectologia do Hospital Ipiranga, Murilo Villeron Xavier. A iniciativa foi do Departamento de Saúde da Casa, em parceria com o Instituto do Legislativo Paulista.
A deputada Maria Lúcia Amary (PSDB) compareceu à palestra de Xavier, lembrando que a Frente Parlamentar de Enfrentamento à Aids havia promovido uma audiência pública, com o objetivo de discutir projeto de lei que trata da isenção de tarifas do transporte público no Estado às pessoas soropositivas em situação de vulnerabilidade e que estejam em tratamento. Ela adiantou que a fachada do prédio da Assembleia Legislativa estará iluminada, de 1 a 15/12, em tom vermelho, que remete ao laço dessa mesma cor, que representa a solidariedade e o comprometimento com a luta contra a Aids.
Cenário atual
Murilo Xavier iniciou sua palestra, comparando dados relativos ao HIV/Aids desde 2005 até 2014. Em 2005, viviam no mundo, cerca de 32 milhões de adultos infectados; em 2014, 37 milhões. Eram infectados, em 2005, três milhões de pessoas ao ano. Em 2014, este número caiu para dois milhões. Nesse período de nove anos, o número de mortes também caiu pela metade: de 2,4 milhões para 1,2 milhão, graças à distribuição gratuita de medicamentos.
Quanto ao local onde viviam as pessoas contaminadas, Xavier informou que 70% dos soropositivos eram do continente americano. Em 2014, o Brasil tinha aproximadamente 800 mil casos identificados e a América Latina, no geral, dois milhões de casos estimados. Ainda em relação ao Brasil, metade da população contaminada era de homens que mantinham relações sexuais com parceiros do mesmo sexo. "Sobre a mortalidade, um número importante: dentre 1,2 milhão de mortos no mundo devido à Aids, 15 mil eram brasileiros", acentuou Xavier.
Maior vítima
Homens na faixa etária entre 15 e 24 anos foram as maiores vítimas do HIV/Aids, segundo outro levantamento, desta feita no período entre 2006 até 2011. Este perfil representou 85% da população enquadrada como de extrema vulnerabilidade nesse período. "A população dessa faixa etária não conheceu os casos de Aids do passado; eles não conheceram as pessoas doentes e, portanto, as estratégias de prevenção tiveram um impacto menor", explicou o infectologista. Ele lembrou que, hoje, as pessoas contaminadas têm opção de tratamento e por saber disso, também muitas acabam por relaxar. "Mas, ainda é uma doença grave, com consequências. O tratamento prescrito atualmente é tomar remédio todo dia. O impacto dessa obrigação é diferente para um jovem de 16, 17 ou 18 anos do que para alguém com 50 anos", acentuou Xavier.
Ao abordar a questão dos riscos de transmissão, Xavier foi enfático ao alertar que basta apenas uma relação para se contrair o vírus da Aids. Aliás, não só a Aids, mas também doenças como sífilis, hepatite B e C são transmitidas pelo HIV. A maior probabilidade de contaminação recai sobre a penetração anal receptiva, com chance de transmissão de 0,1 a 3%. Quanto aos outros riscos de contato com sangue contaminado, o cortador de cutícula ocupa o topo da lista, seguido da tinta de tatuagem e compartilhamento de seringa.
Métodos de prevenção
O preservativo continua sendo o método de prevenção mais eficaz contra o HIV. Entretanto, atualmente está disponível 24 horas, sete dias por semana, no Hospital Emílio Ribas, a PEP, chamada por Xavier de "profilaxia pós-coito". Exemplificou com o caso de pessoas que mantém relação com soropositivos, conhecidos ou não. "Se a pessoa procurar um serviço de saúde de duas até 72 horas após ter mantido a relação desprotegida, a chance de não contrair o HIV chega a 98%", destacou. Entretanto, essa eficácia só é alcançada se a pessoa prosseguir com o tratamento por 28 dias, sem interrupção. O retorno desse paciente está previsto para 15 dias após iniciado o tratamento, devido aos efeitos colaterais dos medicamentos. Segue-se novo retorno para dali a 30 dias para a realização de um novo exame de controle. Finalmente, o acompanhamento por 90 dias e novo teste. O paciente só é liberado com o resultado negativo.
Além da PEP, Xavier sinalizou a possibilidade de já estar disponível na rede pública brasileira, a partir de meados de 2017, a Prep, ou seja, profilaxia pré-coito. Por esse método, a pessoa toma dois comprimidos de duas a 24 horas antes da relação; depois da relação, mais dois comprimidos: o primeiro dentro de 24 horas e o segundo, 48 horas depois do ato sexual.
No caso da Prep, Xavier comentou que a eficácia chegaria a 86%, mas é um método muito aguardado pelo fato de a pessoa ter de tomar apenas quatro comprimidos. "Apesar de não estar disponível no Brasil, pacientes em situação de alta vulnerabilidade têm adquirido esses medicamentos ao valor de R$ 250 o frasco para 30 dias", informou o infectologista.
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