Em 1538, o fidalgo espanhol Inácio de Loyola, que passara a desprezar os bens terrenos em busca dos sobrenaturais, foi a Roma pedir ao Paulo 3º a aprovação da ordem Companhia de Jesus. Fundada quatro anos antes, em Paris, Loyola e outros cinco estudantes se comprometeram a desenvolver o trabalho de acompanhamento hospitalar e missionário aonde o papa os enviasse, sem questionar. E foi sem questionar que seis missionários, liderados por Manuel da Nóbrega, chegaram ao longíquo Arraial do Pereira, onde vieram instituir o Collegio do Salvador da Bahia. Mais longe ainda ficava a colina para onde o noviço José de Anchieta foi mandado, em 1554, para iniciar as atividades de um colégio que deu origem à cidade de São Paulo. A missão dos jesuítas no Brasil e no mundo foi lembrada na segunda-feira, 6/3, em sessão solene que comemorou os 150 anos do Colégio São Luís. O ato foi conduzido por Fernando Capez, presidente da Assembleia e ex-aluno da instituição. Entre apresentações do Coral São Luís e Orquestra Acadêmica de São Paulo, autoridades se pronunciaram acerca do ideal educativo da instituição e do histórico do Colégio São Luís, fundado inicialmente em Itu, em 1867, logo após o retorno da Ordem dos Jesuítas ao Brasil, expulsa que fora pelo Marquês de Pombal, em 1760. O padre Vicente Palotti Zorzo, superior da Plataforma Sul 1 da Província dos Jesuítas do Brasil, apontou a relevância da ordem jesuíta para o desenvolvimento de São Paulo e discorreu sobre o projeto educacional do Colégio São Luís, relacionado à educação integral do ser humano e ao cristianismo. Representando o arcebispo metropolitano de São Paulo, dom Odilo Scherer, o bispo auxiliar dom Carlos Lema Garcia citou trechos de pronunciamento do papa Francisco a respeito de Inácio de Loyola e da Companhia de Jesus. Também exaltou os valores educativos e humanitários adotados pelo Colégio São Luís que, a seu ver, contribuem para a excelência da formação oferecida pela instituição. Já o secretário de Estado da Educação, José Renato Nalini, representando o governador Geraldo Alckmin, após desejar prosperidade à instituição, sugeriu uma maior aproximação entre o Colégio São Luís, a Ordem Jesuíta e as escolas públicas estaduais. O presidente Capez enalteceu a vida de São Luís Gonzaga, patrono do colégio homenageado e entregou placa comemorativa à diretora-geral do Colégio São Luís, Sônia Magalhães. A diretora declarou-se orgulhosa pela possibilidade de dar continuidade ao trabalho realizado pelo Colégio São Luís, e defendeu as recentes inovações nas iniciativas pedagógicas jesuítas, cujo objetivo é formar cidadãos globais, que respeitem a diversidade e atuem na socialização dos saberes e benefícios adquiridos por meio da escolarização. Também participou da mesa que dirigiu os trabalhos o secretário estadual de Energia e Mineração, João Carlos de Souza Meirelles.