Ouvidoria da Alesp discute meios de interação com munícipes e formas de acesso à informação






A Ouvidoria da Assembleia Legislativa, coordenada pela deputada Marcia Lia (PT), realizou nesta quinta-feira, 9/3, o workshop Acesso à Informação Pública: Os Desafios da Institucionalização dos Mecanismos de Transparência Passiva. Segundo a deputada, o evento tem por objetivo "ouvir pessoas que já participaram de outras ouvidorias", fortalecer os processos de acesso aos meios de informação e lançar o aplicativo da Ouvidoria para celulares smartphones, com o intuito de ampliar as formas de contato com o órgão.
Os dados a respeito da Assembleia Legislativa são disponibilizados de duas maneiras: transparência ativa (por meio do portal, Diário Oficial e outras mídias do Parlamento); e transparência passiva (respostas às solicitações diretas dos cidadãos feitas por qualquer meio lícito).
A primeira parte do workshop que discutiu Experiências de Institucionalização da Transparência Passiva, contou com a presença do promotor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Augusto Eduardo de Souza Rossini, que explanou sobre sua experiência na gestão de um órgão ouvidor. "O principal avanço da Ouvidoria é garantir que não aconteçam retrocessos", frisou ele. O promotor ainda destacou que as entidades não devem somente receber as demandas, mas sim formular políticas com base nas solicitações recorrentes.
Rossini também falou sobre a importância de múltiplos canais de comunicação com os munícipes, citando os presidiários, cuja única forma de se manifestar é por meio de cartas. Para ele, o órgão "não pode se transformar em protocolo de pedidos", e sim buscar formas para concretizar as necessidades encaminhadas.
João Cláudio Silva, ouvidor da Câmara Municipal de São Paulo, ressaltou o processo de estruturação do órgão e seu funcionamento. Cláudio afirmou que grande parte das demandas é presencial, mas que há diversos canais de comunicação, o mais recente deles é via o aplicativo Whatsapp.
Transparência e acesso à informação
O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Dimas Ramalho, falou sobre a experiência daquele órgão para fazer a lei de transparência valer de fato. Segundo ele, a lei da transparência e a lei de acesso à informação são importantes instrumentos para que os cidadãos possam exercer o controle social da administração pública.
Ramalho disse que o TCE potencializou as atividades da sua ouvidoria com o emprego de novas tecnologias e ferramentas que permitem mais interatividade com os cidadãos, entre elas o whatsapp, as sessões on-line, a linha 0800 e um aplicativo de fiscalização. De milhares de denúncias que chegam ao órgão, uma grande parte tem relevância, segundo o conselheiro. Ele também mencionou que os dados são compartilhados com a Fazenda estadual e com o Ministério Público.
"Exigimos que os municípios deem publicidade aos seus dados. Mas, infelizmente, ainda há muita dificuldade para que as informações cheguem aos cidadãos em tempo real, com linguagem clara e inteligível", disse. Ramalho mostrou ainda que os resultados obtidos ainda são muito aquém do esperado: 65% dos órgãos fiscalizados ainda não regularizaram a lei de acesso; apenas 28% deles publicam dados sobre remuneração individualizada; somente 22% mostram detalhes de gastos de viagens e passagens; 57% não oferecem informações claras sobre as licitações; e somente 26% dos municípios criaram ouvidorias.
O TCE está fixando prazos para que os municípios atendam às exigências da Lei de Transparência. "A criação da lei da transparência e da lei de acesso à informação são importantes, mas também são fundamentais as ouvidorias e as controladorias para que haja o efetivo controle social da administração pública.
Dados abertos
O hacker ativista Pedro Markun, que integra o coletivo Transparência Hacker, abordou as iniciativas de vários grupos de pessoas que procuram entender como as novas tecnologias podem dar suporte à participação social. Destacou a contribuição dos hackers na construção da legislação sobre transparência ao introduzir a necessidade de os órgãos públicos municiarem os cidadãos com dados abertos.
Segundo Markun, a ouvidoria do século 21 não promove apenas a escuta do cidadão, mas precisa ser uma "fazedoria", uma ouvidoria que permite modificar e construir junto as ferramentas e os processos que fazem o cidadão se aproximar da esfera política. Ele destacou que as ouvidorias devem ter um caráter mais humano, reconhecendo as implicações políticas da adoção de determinadas tecnologias e ferramentas.
Lançamento do aplicativo
O evento foi encerrado com o lançamento do aplicativo Ouvidoria do Parlamento, ferramenta que vai permitir a todos os cidadãos paulistas o acesso a um canal de comunicação com o Legislativo. O aplicativo opera com sistema de geolocalização acoplado aos sistemas administrativos. Por meio dele, o cidadão poderá fazer reclamações, apresentar demandas e sugestões, bem como fotos e imagens, à Ouvidoria da Assembleia.
Esse sistema estará atrelado às secretarias municipais e estaduais e possibilitará a interação entre os executivos e legislativos municipais e a Assembleia Legislativa. Todas as demandas dos cidadãos redundarão na abertura de processos, cujos andamentos serão monitorados por meio de classificações (aberto, finalizado, pendente ou reclassificado). O aplicativo estará disponível a partir desta sexta-feira, 10/3, por meio de Google Play.
Notícias mais lidas
- Deputado participa de missão oficial a Taiwan e busca ampliar cooperação com potência asiática
- Aprovado na Alesp, novo valor do Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804, é sancionado
- Entra em vigor hoje o novo Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804
- Vitória dos pescadores: artigo que restringia acesso ao seguro-defeso é suprimido
- Alesp aprova projeto que garante piso salarial nacional a professores paulistas
- São Vicente: a importância histórica da primeira cidade do Brasil
- Na Alesp, familiares, amigos e colegas de profissão se despedem do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes
- Sindicatos da Polícia Civil cobram envio de projeto da nova Lei Orgânica à Alesp
- Demanda antiga, Lei aprovada na Alesp unificou categoria de policiais penais
Lista de Deputados
Mesa Diretora
Líderes
Relação de Presidentes
Parlamentares desde 1947
Frentes Parlamentares
Prestação de Contas
Presença em Plenário
Código de Ética
Corregedoria Parlamentar
Perda de Mandato
Veículos do Gabinete
O Trabalho do Deputado
Pesquisa de Proposições
Sobre o Processo Legislativo
Regimento Interno
Questões de Ordem
Processos
Sessões Plenárias
Votações no Plenário
Ordem do Dia
Pauta
Consolidação de Leis
Notificação de Tramitação
Comissões Permanentes
CPIs
Relatórios Anuais
Pesquisa nas Atas das Comissões
O que é uma Comissão
Prêmio Beth Lobo
Prêmio Inezita Barroso
Prêmio Santo Dias
Legislação Estadual
Orçamento
Atos e Decisões
Constituições
Regimento Interno
Coletâneas de Leis
Constituinte Estadual 1988-89
Legislação Eleitoral
Notificação de Alterações