Financiamento de universidades públicas é discutido na Alesp






O financiamento das universidadeas públicas paulistas foi discutido em audiência pública na Alesp nesta segunda-feira, 15/5. Representantes de funcionários e reitores das três universidades, USP, Unicamp e Unesp, discutiram a necessidade de elaboração de políticas públicas para acudir a crise enfrentada pelas instituições. O evento, incentivado pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL), foi composto e conduzido pelo Fórum das Seis (STU - Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp; Sintusp " Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo; Sinteps " Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza; Sintunesp " Sindicato Trabalhadores Unesp; Adusp " Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo; Adunesp " Associação dos Docentes da Unesp; Adunicamp " Associação dos Docentes da Unicamp), que discursou sobre a necessidade do financiamento para a garantia da qualidade do ensino e pesquisa.
Giannazi, apoiando a causa da audiência, declarou que "a crise de financiamento das universidades vem de antes da crise econômica do nosso país", e concluiu: "o orçamento das universidades é votado todo ano nesta Assembleia e apenas 9,57% é o destinado ao ensino superior. Não há uma transferência correta dos recursos".
Problemas do Financiamento
De acordo com dados da Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo) e Anuários Estatísticos da Unesp, Usp e Unicamp, estas universidades tiveram significativa expansão entre 1995 e 2016, aumentando o número de alunos, cursos, períodos de aulas e campus, contudo o número de funcionários e de docentes permaneceu o mesmo. João Chaves, presidente da Adunesp, explica sobre a influência da falta de recursos na educação: "Esse recurso é insuficiente para garantir a qualidade do ensino. Tem processos que apontam para a destruição das universidades. O Fórum das Seis vem denunciando isso há muito tempo aqui nesta Casa".
Atualmente o recurso repassado às três instituições é de 9,75% do ICMS-Quota-Parte. Antes de calcular o repasse para as universidades, são retirados do total arrecadado recursos destinados a itens como habitação, juros de mora e dívida ativa. Os representantes das associações declaram que a base de cálculo deveria ser o valor bruto ICMS-QPE e que deste modo o prejuízo para as instituições de ensino superior foi de cerca de R$ 450 milhões em 2016.
Outro problema apontado por João Chaves é a insuficiência financeira. O pagamento de aposentados e pensionistas das universidades estaduais é descontado dos 9,75% nelas investidos, e que outro agravante é a diferença entre o valor total da folha de pagamento dos benefícios previdenciários e o valor total das contribuições previdenciárias dos servidores também ser custeada pelas universidades.
João Chaves afirma também que isto contraria o previsto na lei 1010/2017, que, entre outras coisas, estabelece que o Estado de São Paulo é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras. 18,1% dos repasses vindos do ICMS-QPE corresponde ao gasto com as insuficiências financeiras. César Minto, presidente da Adusp, afirma "espera-se que as políticas públicas adotadas por instituições públicas educacionais sejam exemplos. No cenário atual elas estão sendo o exemplo do que não fazer. O que está em jogo é o sistema público de educação superior".
O presidente da Adunicamp, Paulo Cesar Centoducatte, fala sobre os problemas nos recursos das universidades com as isenções fiscais por parte do Estado. "É preciso que esta Casa faça com que o governo cumpra minimamente o que está na lei, que ele próprio criou", declara.
Magno de Carvalho Costa, integrante do Sintusp, declarou que a reitoria da USP não enviou representante, "O reitor da USP não veio e falta em vários eventos onde deve-se discutir pontos importantes para a universidade". Além da ausência do reitor, Magno ressalta a necessidade de uma maior aparição de outro segmento que considera importante. "Temos lutado muito contra o sucateamento de três grandes universidades deste país, mas nós não somos donos dela, a população é dona e deveria lutar por melhorias", concluiu.
Notícias mais lidas
- Deputado participa de missão oficial a Taiwan e busca ampliar cooperação com potência asiática
- Aprovado na Alesp, novo valor do Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804, é sancionado
- Entra em vigor hoje o novo Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804
- Vitória dos pescadores: artigo que restringia acesso ao seguro-defeso é suprimido
- Alesp aprova projeto que garante piso salarial nacional a professores paulistas
- São Vicente: a importância histórica da primeira cidade do Brasil
- Na Alesp, familiares, amigos e colegas de profissão se despedem do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes
- Sindicatos da Polícia Civil cobram envio de projeto da nova Lei Orgânica à Alesp
- Demanda antiga, Lei aprovada na Alesp unificou categoria de policiais penais
Lista de Deputados
Mesa Diretora
Líderes
Relação de Presidentes
Parlamentares desde 1947
Frentes Parlamentares
Prestação de Contas
Presença em Plenário
Código de Ética
Corregedoria Parlamentar
Perda de Mandato
Veículos do Gabinete
O Trabalho do Deputado
Pesquisa de Proposições
Sobre o Processo Legislativo
Regimento Interno
Questões de Ordem
Processos
Sessões Plenárias
Votações no Plenário
Ordem do Dia
Pauta
Consolidação de Leis
Notificação de Tramitação
Comissões Permanentes
CPIs
Relatórios Anuais
Pesquisa nas Atas das Comissões
O que é uma Comissão
Prêmio Beth Lobo
Prêmio Inezita Barroso
Prêmio Santo Dias
Legislação Estadual
Orçamento
Atos e Decisões
Constituições
Regimento Interno
Coletâneas de Leis
Constituinte Estadual 1988-89
Legislação Eleitoral
Notificação de Alterações