Assembleia realiza fórum com prefeitos para discutir a crise na Unesp



O primeiro fórum entre gestores da Unesp (Universidade Estadual Paulista), prefeitos e deputados ocorreu na Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (21/6). O objetivo do encontro foi debater e encontrar soluções para os problemas enfrentados pela universidade que, atualmente, possui 34 unidades em 24 municípios do Estado.
Durante a discussão, destacaram-se cinco aspectos: a crise econômica do país; o crescimento da folha de pagamento dos inativos; as decisões do Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades de São Paulo); a expansão de Campus; e o programa de inclusão, sem financiamento específico, de permanência estudantil.
A fim de apresentar um panorama da situação em que se encontra a instituição, o professor Alvaro Martim Guedes, assessor da Pró-reitoria de Administração, mostrou dados sobre os impactos socioeconômicos da Unesp nos municípios paulistas. Além disso, o reitor Sandro Roberto Valentini falou sobre o impacto financeiro dos programas de expansão, de inclusão e de permanência estudantil.
"A partir de 1995, a instituição cresceu quase três vezes mais do que o financiamento. Houve uma expansão muito acentuada, mas não estávamos preparados. Mal havíamos recuperado o impacto do crescimento e fizemos o terceiro ciclo de crescimento", destacou Valentini, e afirmou que a Unesp apostou no planejamento de crescimento do país e do PIB, mas não se preparou para a crise.
Outro ponto tratado pelo reitor foi o impacto da absorção da folha de pagamento dos inativos. Segundo ele, desde a autonomia das universidades, em 1989, esse problema vem consumindo a folha de pagamentos não só da Unesp, mas também da USP e da Unicamp. "A folha de pagamentos total da Unesp chegará a R$ 175 milhões no ano que vem. Além disso, sofremos com a insuficiência provocada pela falta dos repasses. Por estes motivos, estamos nos asfixiando", completou.
Programas de permanência estudantil
Em 2018, o custo dos programas de permanência estudantil chegará a R$ 70 milhões - valor que comprometerá praticamente 20% do custeio da verba da universidade. Valentini considera que se deve continuar promovendo oportunidades aos estudantes de graduação que estejam em situação de vulnerabilidade socioeconômica, mas apontou questões a serem resolvidas. Uma delas é a dúvida sobre quem financiará os instrumentos de odontologia para os estudantes carentes do campus de Araçatuba. "Nós estamos fazendo a inclusão e isto está afetando até cursos em que normalmente a condição socioeconômica dos alunos é alta. Entregamos um documento ao governador mostrando o impacto do projeto de inclusão que foi solicitado", destacou.
Roberto Massafera (PSDB) destacou a importância da instituição para a sociedade e disse que tem consciência de que os aposentados configuram uma questão a ser resolvida. Davi Zaia (PPS) considerou extremamente importante o debate. "A partir da transparência da exposição da crise, temos noção da situação real e dos problemas que temos pela frente", declarou.
Fernando Cury (PPS) considera a instituição responsável pela democratização do ensino superior no Estado de São Paulo. Ele acha que, quando houve a autonomia das universidades, não foi previsto o crescimento da folha de inativos. "Temos que criar uma comissão, composta por deputados, representantes da Unesp e agentes do governo, para resolver estas questões, entendendo os erros e gargalos da situação para traçar os caminhos" disse.
Além dos citados, participaram da reunião os deputados Pedro Tobias (PSDB); Beth Sahão, Carlos Neder e João Paulo Rillo (PT); Aldo Demarchi e Estevam Galvão (DEM); Orlando Bolçone (PSB); Ricardo Madalena (PR) e Doutor Ulysses (PV). Compareceram também diretores, servidores de campus da Unesp e prefeitos e vereadores de diversas cidades do Estado.
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