Alesp discute criação de holding de saneamento básico
09/08/2017 21:02 | Da Redação - Foto: Marco Antonio Cardelino





A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo promoveu debate sobre projeto de lei que permite à Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) buscar mais investimentos da iniciativa privada. O objetivo é gerar mais recursos para investir e ampliar os serviços oferecidos à população. A reunião, realizada nesta terça-feira (9/8), tratou de esclarecer aos parlamentares todos os pontos que integram a proposta.
Para esclarecer o assunto aos deputados, compareceram à reunião com as lideranças o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, e os secretários Benedito Braga (Saneamento) e Hélcio Tokeshi (Fazenda). O PL 659/2017, que tramita em caráter de urgência, é baseado em estudos realizados pelas secretarias de Fazenda e de Saneamento e Recursos Hídricos.
O governador Geraldo Alckmin, autor do projeto, pretende realizar uma reorganização societária, que tornará a Sabesp uma holding a ser comandada pelo Estado.
Holding é uma empresa que detém a maioria das ações de determinadas companhias. Concentrando o poder sobre elas, seu patrimônio é derivado das ações de outras empresas. Assim, de acordo com o PL, a Sociedade Controladora não representa a privatização da Sabesp, pois o governo seguirá titular da maioria das ações.
"O Estado continuará detentor da maior parte das ações, pois há muitas vantagens para a Sabesp em continuar como uma companhia pública", reforçou Braga. De acordo com o secretário, nada muda na prática, mas essa ação permite que a estatal receba mais recursos privados. "O projeto é uma oportunidade de acelerar inclusive as obras para a recuperação dos rios do Estado."
"O PL mantém a Sabesp como estatal, mas é um arranjo inteligente, pois permite que haja um aporte de capital privado sem que o Estado perca o controle. A companhia passará a ser controlada indiretamente pelo Estado, já que a holding controlará a Sabesp e o Estado controlará a holding", explicou Kelman. "Basta ver a situação de poluição dos rios Pinheiros e Tietê. A universalização do tratamento de esgoto é um processo lento, que leva décadas. Com o novo aporte, poderemos resolver isso de forma mais rápida."
Atualmente a companhia tem o direito de explorar apenas tratamento e fornecimento de água e coleta e tratamento de esgoto para a população paulista. Com a holding, a Sabesp ou outra empresa associada poderá investir na destinação e no tratamento dos resíduos sólidos, que poderia ser análogo ao do saneamento.
O deputado Edson Giriboni (líder do PV na Alesp) chamou a atenção para o problema dos resíduos sólidos, que atinge muitos municípios no interior do Estado. "É uma nova oportunidade de negócio para a Sabesp e um bom momento para dar um salto de qualidade em outros serviços prestados aos cidadãos", disse.
O deputado Roberto Massafera (PSDB) destacou que os municípios são incapazes de resolver o problema isoladamente. "Não se vê uma luz no fim do túnel e seria um salto de qualidade a Sabesp ser parceira dos municípios no tratamento dos resíduos sólidos", afirmou.
"A coleta e o tratamento de esgoto são lamentáveis e o lixo e os resíduos sólidos são um problema crônico em todo o país. A criação da holding é uma forma de a Sabesp ter muito mais condições para investir - é o que o Estado e o país necessitam", mencionou o deputado Barros Munhoz (PSDB).
A Sabesp é a maior empresa de saneamento das Américas e atende a 367 dos 645 municípios do Estado. Possui 14 mil empregados e presta serviço para aproximadamente 30 milhões de pessoas. Seu capital é divido em 50,3% para o governo do Estado, 30,3% com acionistas na BM&F Bovespa e 19,4% na NYSE (New York Stock Exchange).
O projeto segue sob análise das comissões de Infraestrutura e de Finanças, Orçamento e Planejamento, e recebeu 35 sugestões de emendas até o momento. "A Assembleia sempre estará aberta para que tais discussões sejam feitas", declarou o presidente da Casa, Cauê Macris (PSDB).
Participaram da reunião, além dos citados, a subsecretária de Parcerias e Inovações, Karla Bertocco, o segundo secretário da Alesp, Estevam Galvão (DEM), e os deputados Cássio Navarro (PMDB), Davi Zaia (PPS), Ricardo Madalena (PR) e Wellington Moura (PRB).
Notícias mais lidas
- Deputado participa de missão oficial a Taiwan e busca ampliar cooperação com potência asiática
- Aprovado na Alesp, novo valor do Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804, é sancionado
- Entra em vigor hoje o novo Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804
- Vitória dos pescadores: artigo que restringia acesso ao seguro-defeso é suprimido
- Alesp aprova projeto que garante piso salarial nacional a professores paulistas
- São Vicente: a importância histórica da primeira cidade do Brasil
- Na Alesp, familiares, amigos e colegas de profissão se despedem do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes
- Sindicatos da Polícia Civil cobram envio de projeto da nova Lei Orgânica à Alesp
- Demanda antiga, Lei aprovada na Alesp unificou categoria de policiais penais
Lista de Deputados
Mesa Diretora
Líderes
Relação de Presidentes
Parlamentares desde 1947
Frentes Parlamentares
Prestação de Contas
Presença em Plenário
Código de Ética
Corregedoria Parlamentar
Perda de Mandato
Veículos do Gabinete
O Trabalho do Deputado
Pesquisa de Proposições
Sobre o Processo Legislativo
Regimento Interno
Questões de Ordem
Processos
Sessões Plenárias
Votações no Plenário
Ordem do Dia
Pauta
Consolidação de Leis
Notificação de Tramitação
Comissões Permanentes
CPIs
Relatórios Anuais
Pesquisa nas Atas das Comissões
O que é uma Comissão
Prêmio Beth Lobo
Prêmio Inezita Barroso
Prêmio Santo Dias
Legislação Estadual
Orçamento
Atos e Decisões
Constituições
Regimento Interno
Coletâneas de Leis
Constituinte Estadual 1988-89
Legislação Eleitoral
Notificação de Alterações