Taxas de homicídio da juventude negra são discutidas em audiência pública







O aumento de homicídios por questões raciais foi discutido nesta terça-feira (10/10) na Assembleia Legislativa. A audiência pública "Contra o Genocídio da Juventude Negra" foi realizada por iniciativa da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais, da deputada Leci Brandão (PCdoB) e de entidades do movimento negro.
Leci Brandão destacou a importância de trazer esse assunto para o Parlamento. "Muitos não sabem o que é o genocídio, que isso é uma banalização da vida, um extermínio de pessoas pela raça", disse.
O Atlas da Violência 2017, lançado em junho deste ano pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, analisa a evolução de homicídios no período de 2005 a 2015. De acordo com o estudo, as principais vítimas no país são homens, jovens, negros e de baixa escolaridade. Os jovens do sexo masculino entre 15 e 29 anos correspondem a 47,85% do total de óbitos registrados nesse período.
De cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras. A mortalidade de mulheres não negras (brancas, amarelas e indígenas) caiu 7,4%, enquanto o índice de mulheres negras subiu 22%. Os números mostram que o racismo está vivo na sociedade.
A representante da Frente Alternativa Preta Adriana Moreira destacou que as desigualdades no Brasil decorrem de diversos fatores. "O Estado omite-se quando não reconhece que o racismo é um fator de construção de desigualdade. Fazendo isso, promove a morte não apenas física, mas psicológica e social da população negra como um todo, em particular das mulheres negras", disse.
A representante do movimento Convergência Negra Cláudia Adão apontou para uma correlação entre raça, homicídio e pobreza na cidade de São Paulo. "Nas periferias isso se concentra. Não é um fato pontual ou um episódio que só está acontecendo agora, isso é originado na exclusão da população pós-abolição e no processo de segregação", destacou.
Adão ressaltou que a discriminação não ficou na história e se atualiza com o enfraquecimento de políticas públicas, a violência policial e a falta de oportunidades na periferia, resultando na morte da população negra. "Uma audiência pública sobre o tema traz visibilidade para a questão e cobra políticas focadas nesses públicos e territórios", afirmou.
Notícias mais lidas
- Deputado participa de missão oficial a Taiwan e busca ampliar cooperação com potência asiática
- Aprovado na Alesp, novo valor do Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804, é sancionado
- Entra em vigor hoje o novo Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804
- Vitória dos pescadores: artigo que restringia acesso ao seguro-defeso é suprimido
- Alesp aprova projeto que garante piso salarial nacional a professores paulistas
- São Vicente: a importância histórica da primeira cidade do Brasil
- Na Alesp, familiares, amigos e colegas de profissão se despedem do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes
- Sindicatos da Polícia Civil cobram envio de projeto da nova Lei Orgânica à Alesp
- Demanda antiga, Lei aprovada na Alesp unificou categoria de policiais penais
Lista de Deputados
Mesa Diretora
Líderes
Relação de Presidentes
Parlamentares desde 1947
Frentes Parlamentares
Prestação de Contas
Presença em Plenário
Código de Ética
Corregedoria Parlamentar
Perda de Mandato
Veículos do Gabinete
O Trabalho do Deputado
Pesquisa de Proposições
Sobre o Processo Legislativo
Regimento Interno
Questões de Ordem
Processos
Sessões Plenárias
Votações no Plenário
Ordem do Dia
Pauta
Consolidação de Leis
Notificação de Tramitação
Comissões Permanentes
CPIs
Relatórios Anuais
Pesquisa nas Atas das Comissões
O que é uma Comissão
Prêmio Beth Lobo
Prêmio Inezita Barroso
Prêmio Santo Dias
Legislação Estadual
Orçamento
Atos e Decisões
Constituições
Regimento Interno
Coletâneas de Leis
Constituinte Estadual 1988-89
Legislação Eleitoral
Notificação de Alterações