Entrevista com o deputado Rodrigo Moraes



Rodrigo Augusto Moraes (DEM), de 33 anos, é um dos mais jovens deputados da Assembleia Legislativa. Inspirado no trabalho social realizado pela família, ele entrou para a vida pública com um objetivo: "garantir maior segurança à população." Ele acredita que, se executada de forma ética, a política consegue fazer o bem para as pessoas.
Natural da cidade de Itu, no interior de São Paulo, Rodrigo Moraes seguiu os passos do pai, o deputado federal Missionário José Olimpio. "Eu fui crescendo e acompanhando a trajetória dele e o trabalho que ele realizava na comunidade", conta.
Em 2010, aos 26 anos, candidatou-se a deputado estadual e foi eleito com 124 mil votos. Quatro anos depois, foi reeleito com 153 mil votos. O deputado destaca que a sua função no parlamento é fiscalizar o governo e obter recursos para os municípios, "para melhorar o atendimento na saúde, na educação e nas áreas sociais", diz. Segundo ele, o papel da Assembleia Legislativa não é tão claro para o cidadão. "Hoje a população enxerga a Câmara Municipal, que trata do seu dia-a-dia, e o Congresso Nacional, que discute as questões maiores, nacionais. A Alesp ficou no meio do caminho", lamenta.
Missionário da Igreja Mundial do Poder de Deus, o parlamentar afirma separar os ideais religiosos da política: "quando você se torna uma pessoa pública, seja prefeito, governador ou deputado, você tem de fazer um trabalho para o Estado". Rodrigo Moraes lembra da pluralidade religiosa existente no país. "É preciso respeitar todos os segmentos e buscar, dentro daquilo que você tem como entendimento, fazer o melhor para que nenhuma representação seja prejudicada e todos possam viver em harmonia", afirma.
Emendas
Para o deputado Rodrigo Moraes, a crise econômica no país dificultou o atendimento aos municípios. "As emendas representam uma forma de tentar reservar uma parcela do orçamento do Estado para a área de atuação do deputado." Moraes lembra que o governador Geraldo Alckmin liberou, em junho desse ano, cerca de um milhão de reais para emendas, "mas a destinação das verbas refere-se à solicitação feita pelos parlamentares em 2014, já tínhamos compromissos estabelecidos com a população, que só puderam ser cumpridos agora". Ele afirma que, para aprovação das emendas, são necessários diversos documentos. "Isso ocasiona todo um trâmite que leva um tempo. A espera pode levar de quatro meses até mais de um ano. E, às vezes, o governo pede mais documentos", explica. Projetos
O deputado é o autor da lei que propõe maior divulgação ao serviço de disque-denúncia de violência contra a mulher, o 180. "A ideia é poder dizer às mulheres que elas não precisam se identificar, mas comunicar o caso para que a polícia identifique o indivíduo que a tem oprimido ou agido de forma agressiva contra ela. Ela pode denunciar, com toda tranquilidade", diz.
A Lei Estadual 15.458/2014 exige que estabelecimentos como hotéis, bares e restaurantes fixem em local visível o número do telefone gratuito. Os locais deverão colocar placas contendo a frase: "Violência, abuso e exploração sexual contra a mulher é crime. Denuncie. Disque 180".
O parlamentar também foi co-autor da lei que restringe o uso de máscaras ou qualquer paramento que oculte o rosto da pessoa em manifestações e reuniões. A Lei Estadual 15.556/ 2014 buscar vedar o anonimato em protestos, exceto em eventos culturais incluídos no Calendário Oficial do Estado.
Rodrigo Moraes tem a intenção de ampliar a divulgação da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). "Vou continuar a desenvolver o trabalho para que essa universidade possa se desenvolver mais e que possa ser expandida para todo o Estado", afirma.
Reforma política
Sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 77, que propõe alterações nas regras eleitorais, o deputado defende aprofundamento na discussão. "Eu acho que tanto nós, políticos, como os cidadãos precisamos de segurança em relação ao financiamento público", destaca. A PEC pretende coibir doações empresariais e criar um fundo com recursos públicos para campanhas eleitorais. "É um recurso que não tem discussão. Está ali, claro e transparente, e veio do Orçamento. Irá para a conta eleitoral do candidato, que fará sua prestação de contas e, sendo aprovada, não vão existir irregularidades ou troca de favores", explica.
Ele destaca que o "distritão", proposta que altera a escolha de deputados federais, estaduais e vereadores nas próximas eleições, pode diminuir o número de partidos políticos. "São muitos partidos pequenos que não têm representação no Congresso Nacional e recebem do Fundo Partidário, nas coligações majoritárias." Além disso, ressalta que o número de candidatos também diminuirá. "Haverá um enxugamento desse grande número de partidos que existem hoje na federação".
Trabalho social
O deputado defende a ampliação do debate em torno de temas como moradia e igualdade dentro da Assembleia. "É preciso lutar por todas as classes sociais, mas a prioridade é melhorar a qualidade de vida daqueles que mais precisam do governo." Entre as principais ações, o deputado destaca buscar meios para ajudar as pessoas em áreas de risco. "Tirá-las das invasões e das áreas particulares para que não sofram processo judicial e sejam despejadas. Buscar recursos para que exista investimento e a pessoa possa ter seu apartamento, sua casa, por meio do CDHU ou de parcerias como o Minha Casa Minha Vida, entre outros projetos sociais", explica.
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