O Plenário Tiradentes recebeu autoridades do governo e representantes locais do município de Itapecerica da Serra com o objetivo de discutir sobre a proposta de aumentar a área de exploração de uma empresa de cimento dos atuais 27 para 46 hectares. O encontro foi realizado na segunda-feira (6/8). A região, dominada pela Mata Atlântica, é parte da reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo, importante para o equilíbrio climático e a manutenção da flora, da fauna e da qualidade de vida dos residentes na Grande São Paulo. Além disso, o local possui nascentes e lagos naturais, pertencentes à bacia hidrográfica da represa Guarapiranga, protegida pela Lei 12.233/2006. Segundo o geógrafo da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) Fábio Deodato, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) continuam em análise pelo órgão. "Não existe posição sobre a aprovação ou não do empreendimento", reforçou.ou a preservação da floresta já existente - sendo essa a proposta da empresa. "Pela atual legislação, se obtiverem o que pedem será necessário compensar em 51 hectares", explicou. Além da perda ambiental, o presidente da Associação de Professores de Direito Ambiental, José Purvin, enxerga que liberar a exploração mineradora também acarretará perdas Fábio revela que o maior impacto da expansão será o desmatamento de cerca de 24 hectares. Segundo ele, há duas opções para a compensação dos danos: o reflorestamento econômicas. "As propriedades ao redor da área possuem um patrimônio, e a permissão fará com que isso seja perdido", afirmou. Para o deputado Carlos Giannazi (PSOL), não houve participação da população sobre o caso. "É um projeto para atender aos interesses econômicos da Votorantim, sem nenhuma preocupação com o meio ambiente", comentou. Além dos citados, a mesa foi composta por Adriana Abelhão, Elias Adelino Framesqui (do Preservar Itapecerica) e a desembargadora estadual Vera Lúcia.