Comissão recebe funcionário que denunciou Furp
18/06/2019 19:30 | Fundação para o Remédio Popular | Isabella Tuma - Fotos: Marco Antonio Cardelino






A CPI que investiga a Fundação para o Remédio Popular (CPI da Furp) recebeu nesta terça-feira (18/6) Willian Mendes Januário, autor do pedido de apuração ao Ministério Público Estadual de prováveis irregularidades no contrato de construção da fábrica da Furp localizada em Américo Brasiliense. Januário ingressou na Fundação há nove anos e trabalhou na fábrica do município. Demissões ocorridas na unidade de Américo Brasiliense e de Guarulhos o motivaram a denunciar as possíveis irregularidades.
"Estranhei a justificativa e então solicitei a revisão dos contratos com a construtora Camargo Corrêa e informações do portal de transparência da Furp. Segundo o contrato, a empresa tinha que cumprir os investimentos em determinado prazo. Na condição de funcionário, vi que não estavam sendo cumpridos. Já havia esgotado o prazo dado, mas os investimentos não foram feitos. Essa foi a primeira surpresa. Quando soube do aditamento de R$ 22 milhões no contrato, procurei o Ministério Público e formalizei a denúncia", explicou.
A construtora já havia delatado o desvio de recursos realizado no período de obras da fábrica de Américo Brasiliense, ocorrido entre 2005 e 2009. Willian apresentou também uma relação de pessoas que deixaram de ser funcionárias da Furp para trabalhar na empresa privada que hoje administra a fábrica de Américo Brasiliense.
Carência de gestão
O presidente da CPI, Edmir Chedid (DEM), observou carência de gestão na unidade do município. "Parece que o governo privilegia empresas privadas em detrimento da sua própria fábrica. Após as oitivas, caso as acusações sejam comprovadas, a CPI pode pedir a exoneração desses funcionários a bem do serviço público, pode propor à Procuradoria do Estado processos contra esses funcionários".
Chedid ressaltou ainda que muitos dos medicamentos que hoje são comprados de empresas privadas pela Secretaria de Saúde de São Paulo poderiam ser produzidos nas fábricas, e ligou o fato à importância de funcionários serem ouvidos. "Àqueles que trabalham lá podem nos ajudar a encontrar soluções não apenas para que as duas fábricas voltem a operar com 100%, mas também para que passe a oferecer remédios mais baratos para a população do Estado. Acredito que o governo não pensou em fechar a Furp, mas sim dar um modelo mais moderno e rápido em termos de administração com empresas privadas que, ao que parece, não deu certo. A Furp já fez muito por esse país, é uma empresa antiga e tem mais de 50 anos; apenas queremos averiguar para que ela volte a cumprir esse papel", afirmou.
Beth Sahão (PT) frisou que, caso as reuniões continuem nessa linha, os parlamentares poderão obter uma "dimensão maior ainda, por exemplo, de como e por onde passa essa PPP (Parceria Público Privada); as falhas que ela aparentemente está apresentando; os contratos muito altos; a falta de produção de medicamentos que poderiam estar produzindo mais para atender, sobretudo, as camadas mais pobres da população. Willian nos ajudou muito e manteve coerência tanto nos relatórios que nos apresentou via e-mail, quanto em suas respostas", disse.
Estiveram presentes na reunião, além dos deputados citados, os parlamentares Agente Federal Danilo Balas, Alex de Madureira, Cezar, e Thiago Auricchio.
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