O Dia do Engenheiro de Segurança é comemorado no dia 27 de julho e a Assembleia paulista abriu a Casa para homenageá-los no último dia 6/8, no plenário Tiradentes.

A iniciativa foi do deputado Carlos Giannazi (PSOL) que defendeu maior reflexão para as demandas da categoria. "Nós temos muitos acidentes em obras públicas e privadas e ainda hoje, infelizmente, no Brasil e no Estado de São Paulo, temos uma presença muito baixa desse profissional que não é muito valorizado e cuja atuação é fundamental para que nós possamos evitar muitos acidentes", declarou.

O Brasil, na década de 70, foi considerado um dos piores locais para a questão de acidentes e doenças no ambiente de trabalho. Hoje ocupa a quarta colocação neste ranking, como contou Armando Henrique, presidente da Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do Trabalho.

"Tem que haver uma mudança e o grande problema é que ela está vindo de cima para baixo. Esperamos que seja feita com a participação popular, dos atores interessados que conhecem o assunto e não empurrada pelo governo, sem critério", analisou.

O engenheiro de segurança do trabalho Marcelo de Paula afirma que é preciso ver com outros olhos esses profissionais. "O mercado coloca a segurança do trabalho como custo, porém a tônica no Brasil deveria ser investimento".

A reorganização da categoria dos engenheiros de segurança do trabalho em conselhos regionais ou em uma ordem também foi uma das propostas apresentadas, afirmou Luiz Roberto de Oliveira, diretor do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo.

"A nossa proposta é unificar novamente as categorias, do engenheiro de segurança e do técnico de segurança em um novo conselho de classe, em uma ordem. Essa unificação nos ajudará a ter o mesmo pensamento, o mesmo objetivo", concluiu.

Atualmente, cerca de 10% dos 400 mil engenheiros do Estado de São Paulo atuam na segurança do trabalho.