Os parlamentares que integram a CPI que investiga irregularidades na Fundação para o Remédio Popular ouviram na última reunião (14/08) o Secretario Estadual da Saúde, José Henrique Germann. O representante da pasta informou aos deputados que iniciou uma consultoria na Furp para averiguar a produtividade e lucratividade da entidade. Germann disse que se o relatório final da consultoria provar que a Fundação para o Remédio Popular dá algum prejuízo ao estado algumas medidas deverão ser tomadas. "O que nós temos como objetivo é parar de produzir medicamentos caso o relatório prove que a Furp dá prejuízo para o estado. Se isso vai levar ao fechamento da Furp é um próximo passo. Também temos que considerar que existem mil trabalhadores nas duas fábricas e eles são funcionários públicos, têm estabilidade e têm que ser respeitados. Por isso vamos tratar tudo da forma mais transparente possível".

O deputado Edmir Chedid (DEM), presidente da CPI, sugeriu ao secretário que caso a Furp seja fechada o governo possa destinar as fábricas e funcionários da entidade para outra empresa do estado. "Já que o secretário disse que o Instituto Butantã é superavitário por que não reaproveitar essas estruturas e funcionários nesta outra entidade?. Assim não traríamos desemprego para esses funcionários, não teríamos ações trabalhistas contra o governo e aproveitaríamos as estruturas das duas fábricas".

A deputada Beth Sahão (PT) revelou preocupação com a possibilidade da Fundação para o Remédio Popular ser cedida a iniciativa privada. "É uma pena, pois a Furp é um balizador no mercado de medicamentos, eles precisavam melhorar a eficiência dela, mas durante muitos anos deixaram isso de lado. Mas nós vamos tentar através do relatório final da CPI apontar alternativas que não seja essa, é possível melhorar e otimizar a produção dos medicamentos".

Além dos deputados citados estiveram presentes: Alex de Madureira, Carla Morando, Carlão Pignatari, Carlos Cezar, Delegado Olim e Thiago Auricchio.