Confira o bate-papo com a deputada Analice Fernandes





Nestas próximas semanas, vamos conhecer um pouco mais sobre as expectativas dos principais personagens do legislativo estadual paulista para os próximos quatro anos: os deputados.
Depois de sete meses de mandato, o que será que eles esperam? Em quem eles se inspiram? Quais as prioridades de cada gabinete?
A entrevista desta edição é com a deputada Analice Fernandes.
Os últimos meses
A Casa passou por uma grande mudança, porque muitos deputados não conseguiram se reeleger e pessoas que nunca haviam sido eleitas foram escolhidas. Só essa mudança provoca uma oxigenação porque você tem pessoas diferentes, com pensamentos e formações diversas, mas isso não significa necessariamente uma renovação do ponto de vista das ideias e das proposições.
Eu acredito que muitos parlamentares estão preocupados em discutir assuntos que não são pautas estaduais. Nós temos que nos debruçar sobre questões em que nosso posicionamento possa fazer a diferença.
A Assembleia está sendo muito solicitada nesse processo de desenvolvimento e enxugamento do Estado, promovido pelo governador João Doria, nosso papel é estarmos atentos a essas propostas, analisar em que medida podemos colaborar com o desenvolvimento do Estado e melhor qualidade de vida para o povo paulista.
Projetos, legado e futuro
Eu sou enfermeira, sempre atuei próximo à saúde, pela valorização da enfermagem e as questões da violência contra a mulher. Hoje a enfermagem é a grande responsável pelo andamento do dia a dia dos hospitais e unidades, porém é uma categoria profissional muito desvalorizada em todos os sentidos, não apenas salarial. Não por acaso, no Brasil, a grande maioria desses profissionais são mulheres.
Eu apresentei o PL 347 que trata sobre a jornada de 30 horas para os enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliar de enfermagem nas instituições públicas e privadas. O projeto foi aprovado no ano passado, mas acabou vetado pelo governador, por uma questão de entendimento jurídico feito pela procuradoria. Agora nós vamos nos mobilizar para a derrubada do veto. Tenho mais três projetos de lei caminhando sobre enfermagem e vou trabalhar para que eles possam ser aprovados.
Quanto ao combate à violência contra a mulher, tenho quatro importantes leis aprovadas, sendo colocadas em prática. Gosto de dar como exemplo a Lei 14.545/2011 que sistematiza e divulga os crimes cometidos contra a mulher. A partir da nossa lei, a Secretaria de Segurança Pública passou a divulgar essas informações em seu Portal, mês a mês. A simples divulgação joga luz sobre a violência praticada contra a mulher e nos ajuda na orientação em curto prazo para a implantação de medidas que possam combatê-las.
Vou dar mais um exemplo, a Lei 15.425/2014 que possibilita que a polícia faça o acesso online às medidas protetivas expedidas pela justiça. O que acontecia antes, era que a mulher que conseguisse a medida protetiva, teria que manter a medida com ela (uma folha de sulfite no caso) expedida pelo juiz. Caso ela perdesse esse papel, ou ele fosse inutilizado por algum motivo, a autoridade policial não teria como checar se ela dispunha da medida, para tomar a atitude devida. A grande novidade é que agora a informação está acessível para o Policial Militar no seu tablet.
Inspiração e referências
Eu era enfermeira e meu marido se elegeu vice-prefeito de Taboão da Serra. Foi quando começamos a atuar na implantação de políticas públicas de saúde. Naquele momento organizamos o sistema em Taboão da Serra, e uma das grandes mudanças foi nomear enfermeiros para dirigir as Unidades de Saúde. Eu estou falando do final da década de 80, quando esse trabalho era feito pelos médicos. Estou contando essa história para dizer que tive a oportunidade de fazer muita coisa, porque sempre contei com o apoio do meu marido, o atual prefeito de Taboão da Serra, Fernando Fernandes. Quando ele se elegeu prefeito, fui secretária da Promoção Social, e nesse período, conseguimos uma grande transformação na área.
Me inspirei muito também na Ruth Cardoso, uma mulher exemplar, que mostrava que era possível fazer diferente. Ela quebrou a estrutura clientelista e a substituiu por uma rede, onde os beneficiários deveriam fazer a sua parte. O grande exemplo é o Bolsa Escola - a mãe se cadastrava, recebia o benefício e tinha como contrapartida o dever de manter o filho na escola. A Ruth tinha um feminismo prático no trato da emancipação das mulheres, levou em conta o responsável papel das mulheres na família brasileira. Também gosto muito do (ex-presidente) Fernando Henrique Cardoso, ele também é inspirador.
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