Debate aborda o futuro da luta operária

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11/05/2020 14:48 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Carlos Giannazi e Ruy Braga<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2020/fg248819.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Para celebrar o 1º de Maio, o deputado Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi (ambos do PSOL) realizaram um debate virtual com o sociólogo Ruy Braga, um dos divulgadores do conceito de "precariado" para definir a classe trabalhadora em um mundo onde a exploração econômica se intensifica e os direitos tendem a desaparecer.

Autor de livros como A Política do Precariado: do Populismo à Hegemonia Lulista, Braga pontuou que os governos Lula e Dilma incentivaram a formalização dos contratos de trabalho, mas isso aconteceu junto com o processo intenso de terceirizações e pejotizações, do qual as operadoras de telemarketing se tornam o símbolo, ao lado dos profissionais de limpeza e de segurança.

Após a crise de 2015, o precariado passou a ter seus melhores exemplos entre os trabalhadores de aplicativos como Uber e Rappi. "São setores das classes trabalhadoras, inclusive das classes médias em etapa de proletarização, que pendulam entre o aumento da exploração econômica e a exclusão social", definiu Braga, ressaltando que o aumento de renda que essas atividades proporcionam vem atrelado à ausência de garantias, como seguro desemprego, previdência etc.

Para um momento pós-pandemia, o livre-docente da USP destaca que a luta da esquerda deve ter como horizonte estratégico o ecossocialismo, um modelo de desenvolvimento social estruturado em sustentabilidade, com ênfase em agroecologia, transporte público e moradia popular nos centros urbanos. "É uma utopia real, crível e capaz de garantir renda", assegurou.


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