A pandemia impôs uma nova rotina educacional e, após meses de acompanhamentos remotos, vem a dúvida de como será a volta às aulas presenciais, suspensas desde março.

O governo de São Paulo anunciou que as escolas paulistas poderão optar pela reabertura para atividades de recuperação e reforço a partir do dia 8 de setembro, desde que a região esteja há, no mínimo, 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo. Para isso, as instituições deverão adotar medidas sanitárias e limite de alunos. Já as aulas presenciais estão previstas para retornarem, de forma gradual, em 7 de outubro, se o estado estiver pelo mesmo período no nível três do plano de flexibilização.

Para a educadora Andrea Deis, após serem tomados por incertezas no início da pandemia, os estudantes ganharam autonomia durante o período e não vão retornar ao ensino presencial como antes. "Ele vai voltar um aluno mais pensativo, crítico, mais autônomo, tecnológico, e, ao mesmo tempo, mais inseguro, questionador, no sentido de desejar saber o que realmente conseguiu aprender e como a escola ou a universidade podem garantir isso", avalia.

Segundo Andrea, instituições e docentes deverão ouvir dúvidas e demandas dos estudantes para encontrarem um ponto em comum de retomada do conteúdo e não haver desestímulos ou evasões. "A instituição vai ter que estar pronta para essa negociação e relação para construir segurança", afirma. Ela ainda destacou a importância de os professores se adaptarem aos avanços tecnológicos originados no período de aulas remotas para conseguirem suprir as necessidades dos alunos nessa nova realidade pós-pandemia.