CPI discute combate ao assédio sexual com representante de movimento estudantil
03/09/2020 11:43 | Comissão Parlamentar de Inquérito | Luiz Rheda - Foto:Reprodução Rede Alesp










Deputados da CPI da Violência Sexual Contra Estudantes de Ensino Superior receberam, na manhã desta quinta-feira (3/9), Beatriz Montani Silva, dirigente do Coletivo Feminista Leolinda Dalto, do curso de Direito da Universidade Mackenzie. O encontro, que aconteceu em ambiente virtual, foi presidido pela deputada Dra. Damaris Moura (PSDB).
Na ocasião, ao parabenizar o grupo pela iniciativa, a deputada Isa Penna (PSOL) questionou as ações desenvolvidas pelo coletivo na prevenção de casos de violência e no acolhimento das vítimas. "Acho importante o trabalho desenvolvido por coletivos feministas, porque nós, mulheres, sabemos como muitas vezes é difícil romper as barreiras do ambiente acadêmico para fazer uma denúncia", afirmou.
Medo de denunciar
Em resposta, Beatriz Montani explicou que a realidade de uma universidade é muito complexa, seja pela vida de trabalho e estudo que muitas mulheres levam, seja pelo medo de denunciar. "Em três anos, nosso grupo já realizou diversas campanhas de conscientização, por meio de rodas de conversas, da vigilância ostensiva em eventos como no trote, e de produção de vídeos educativos para distribuir para os alunos", explicou.
Para o deputado Arthur do Val (Patri), os membros do grupo "precisam saber quais ações são realmente efetivas e os resultados práticos de cada uma delas, até porque a situação mais grave do assédio sexual contra mulheres é não levar a sério as denúncias".
Segundo Beatriz, as alunas calouras sofrem mais com o assédio, porque existe um pensamento de hierarquia e poder entre os estudantes, motivo que leva o coletivo a sempre estar presente em festas como o trote para evitar a prática de atos de violência.
"Nós não recebemos denúncias porque muitas mulheres não falam abertamente sobre isso e também porque não temos como instaurar um processo administrativo para apurar os casos. Mas, ainda assim, trabalhamos em conjunto com a comunidade acadêmica e com a equipe da atlética, por exemplo", disse.
Durante o encontro os parlamentares aprovaram um requerimento para que Beatriz Miraldi Heloisa Toledo, estudante na Universidade Estadual Paulista, e Elaini Cristina Gonzaga, advogada especializada na defesa dos diretos da mulher, falem à comissão. Também deverão ser convidadas para participar de uma reunião da CPI Heloisa Toledo, aluna da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e Marina Ganzarolli, conselheira estadual da Ordem dos Advogados do Brasil.
Além dos já citados, estiveram presentes as deputadas Marina Helou e Professora Bebel e o deputado Tenente Nascimento.
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