Secretário da Saúde fecharia escolas, mas governo limita sua autoridade

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04/03/2021 14:21 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Carlos Giannazi na tribuna do plenário JK<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-03-2021/fg262041.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Em entrevista à Rádio CBN, na terça-feira (2/3) o secretário da Saúde, o infectologista Jean Gorinchteyn, defendeu abertamente o fechamento de todas as escolas no Estado, sejam elas estaduais, municipais ou particulares. Afirmando que levaria esse pedido ao Centro de Contingenciamento do Coronavírus. Ele alertou que além do aumento no número de casos de Covid-19, está havendo também um aumento no tempo em que cada paciente permanece na UTI. Associados, esses dois fatores levam à previsão de que a rede de atendimento entrará em colapso por volta de 15/3.

"A maior autoridade do Estado de São Paulo nessa área está dizendo que tem que fechar as escolas, contrapondo-se às afirmações negacionistas e genocidas do secretário da Educação, Rossieli Soares", afirmou Carlos Giannazi (PSOL), que no mesmo dia anunciou em plenário a dissidência do médico.

Infelizmente, a posição lúcida do secretário da Saúde, que tenta evitar o caos absoluto que se anuncia, é isolada na cúpula tucana, submissa aos interesses dos donos das escolas privadas. Tanto que, na mesma noite, Gorinchteyn teve de se explicar por meio das redes sociais, afirmando que a posição pelo fechamento das escolas seria apenas sua "opinião pessoal".

Ainda em plenário, o deputado divulgou o balanço da pandemia na rede estadual de ensino, que retomou as atividades presenciais em 1º/2 e passou a receber alunos em 8/2.


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