Ato solene debate proposta curricular do ensino médio nas escolas estaduais
16/04/2021 17:48 | Educação | Beatriz Lauerti - Fotos: Reprodução Rede Alesp











Docentes e especialistas em educação debateram a proposta curricular do ensino médio para escolas estaduais durante ato solene virtual promovido na tarde desta sexta-feira (16/04) pela deputada Professora Bebel (PT). A reunião também abordou os aspectos pedagógicos da educação em meio à pandemia e o programa de tempo integral.
O professor João Palma, da Unesp, afirmou que a reforma do currículo já era inadequada antes da pandemia da Covid-19. "A deliberação não menciona como fundamento legal os Planos Nacional e Estadual de Educação, ignora metas que dizem que o atendimento escolar para a população de quinze a dezessete anos deveria ser universalizada e a taxa líquida de matrícula elevada", disse.
Segundo ele, a matrícula na rede estadual está estagnada há anos em torno de 1,5 milhão de estudantes. "Muitos estão concluindo o ensino fundamental e não têm interesse no ensino médio. E nem está havendo busca ativa desses alunos por parte do governo, já que a educação básica é a obrigatória. As autoridades deveriam procurar esses estudantes para atender objetivos do Plano Nacional", disse.
João afirmou ser favorável a uma reestruturação do ensino médio e destacou pontos que necessitam de prioridade. "Eu acho necessária, não apenas uma reforma do currículo. Deve ser voltada para os segmentos populares da sociedade, levando em conta a formação dos professores, programas de educação continuada e a infraestrutura das instituições", disse.
A professora Lilian Kellian, assessora do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), defendeu a promoção de uma cultura mais participativa nos colégios. "A participação e a criatividade são essenciais. As políticas públicas para o segundo grau foram elaboradas de maneira autoritária e, por isso, não são nem inovadoras e nem aderentes às necessidades que os docentes têm. Fazer uma política de educação sem ouvir professores é fadado a fracassar. É impossibilitar a implementação dessa medida de maneira efetiva", disse.
O pesquisador e cientista social do Cenpec Alexandre Isaac falou sobre o período integral. "Uma coisa é discutir política de educação em tempo ampliado e outra é falar sobre a proposta pedagógica dessa modalidade. Como política pública, deve ter uma atuação intersetorial, articulação com saúde, meio ambiente, esporte e até assistência social. Do ponto de vista pedagógico, é preciso estender também os espaços, diversificar o currículo, o contato com outros educadores além dos professores precisa ser promovido, com metodologias diferentes a serem apresentadas", afirmou.
A deputada Professora Bebel afirmou ser contrária ao Programa de Ensino Integral, o PEI, do governo estadual. "Porque não aproveitar esse momento para abrir um debate profundo sobre a necessidade de mudanças estruturais, pedagógicas, de organização de tempo escolar? Concordo que o tempo de escolaridade seja ampliado, mas porque para o segundo grau, para quem veio de uma redução, de repente ter o dobro das aulas? Esses estudantes trabalham. Então, deve ser fornecida bolsa de estudos, assim abrirão mão do trabalho e irão para a escola de ensino médio", disse.
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