Cientistas repudiam fusão de institutos de pesquisa em programa da Rede Alesp

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09/06/2021 12:40 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Carlos Giannazi (centro) participa de manifestação de servidores contra o PL 529, em 2020<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2021/fg268500.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

No programa Ideias e Debates de sexta-feira (4/6), a jornalista Melissa Araújo entrevistou os pesquisadores científicos Paulo Fernandes, do Instituto Geológico, e Inês Cordeiro, do Instituto de Botânica, que repudiaram a intenção do governo Doria de fundir essas duas entidades ao Instituto Florestal. "Será produzido um organismo totalmente artificial e impossível de ser administrado. São áreas com linhas de trabalho completamente diferentes", alertou Inês.

Paulo Fernandes complementou a explicação desqualificando o argumento da "transversalidade", que vem sendo usado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente para justificar a fusão. "Agrupar pesquisadores com formações completamente diferentes em uma mesma sala ou andar não significa transversalidade", salientou.

Os dois cientistas criticaram ainda a estrutura proposta para o novo instituto, que não considerou nenhuma das sugestões apresentadas pelos especialistas.

O deputado Carlos Giannazi (PSOL), que coordena a Frente Parlamentar em Defesa dos Institutos Públicos de Pesquisa, enumerou as ações de resistência que estão sendo tomadas contra o desmonte dos institutos, medida autorizada pela Assembleia na apertada votação do PL 529, em outubro 2020. "Nós ingressamos no Ministério Público pedindo a revogação dessa lei (Lei 17.293), que é eivada de inconstitucionalidades", informou.


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