Liminar em ação civil pública impede implantação do Pecim em escola de Sorocaba

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25/06/2021 12:21 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Com melhor Ideb na rede pública de Sorocaba, a escola Matheus Maylasky mantém gestão de educadores<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2021/fg269701.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Uma liminar, obtida na Justiça a partir da mobilização de mães de alunos, impediu que o Programa Escola Cívico-Militar (Pecim) fosse aplicado na Escola Municipal Matheus Maylasky, em Sorocaba. Mesmo tendo caráter provisório, a decisão judicial foi celebrada em 23/6, em live realizada pelos parlamentares do PSOL Carlos Giannazi (deputado estadual) e Celso Giannazi (vereador da capital) e coordenada pela educadora Luciene Cavalcante.

Para a vereadora sorocabana Fernanda Garcia (PSOL), muitas pessoas apoiam o Pecim acreditando que as escolas obterão uma estrutura semelhante à das escolas militares. O que elas não sabem é que essas instituições, vinculadas ao Ministério da Defesa, têm um orçamento que chega a R$ 19 mil por aluno ao ano, três vezes superior às unidades do Pecim. Além disso, a verba adicional não será destinada a melhorias estruturais, mas sim à remuneração extra para os militares da reserva.

A professora da Faculdade de Educação da UnB, Catarina de Almeida Santos, observou que a gestão militar implica a adoção das normativas das corporações. Nesse sentido, ela fez uma distinção entre a obediência hierárquica - que regula o mundo da caserna - e a disciplina, essa uma construção coletiva e horizontal, necessária para a vida em sociedade. "A escola pública tem de ser um espaço que abrigue todas as tribos, toda a diversidade da sociedade brasileira", observou.


alesp