Ato solene virtual realizado na noite dessa quarta-feira (30/6) afirmou a necessidade da resistência da comunidade LGBTQIA+ e ressaltou suas lutas e o caminho para o futuro. Evento recebeu representantes da comunidade LGBTQIA+ de diversas áreas, como política e direito, e foi organizado pela equipe da deputada Mônica da Mandata Ativista (PSOL).

"São anos e anos de luta de corpos que já tombaram e de muitos que ainda estão em pé contra essa sociedade heteronormativa e machista. Coloco-me, como uma pessoa cis, preta e da quebrada, para ouvir e dar voz às necessidades da comunidade LGBTQIA+. Nosso objetivo é uma sociedade mais inclusiva e justa", disse Jesus dos Santos, da equipe da deputada.

Para Amanda Anderson, mulher trans, jurista e presidente nacional do movimento PDT Diversidade, trazer cidadania e civilidade para pessoas LGBTQIA+ deve ser o objetivo da comunidade e de pessoas que lutam junto a ela. "Não podemos comemorar esse mês, o orgulho existe, mas que utilizemos esse dia para lembrarmos que a luta se faz a cada passo, dia e ação. A nossa população tem o dom de amar deixado por Cristo", afirmou.

Nesse mesmo sentido, Rebecca Barbosa, primeira vereadora trans do município de Salesópolis, diz que não acredita no radicalismo, mas na educação, boa conduta, ética e, principalmente, no diálogo respeitoso para que se alcance a liberdade e se liberte da opressão. "Não é fácil para nós termos um Jesus de amor na nossa mente e um Deus punitivo em quem nos aponta as suas crenças", disse.

A conquista do direito de fala em locais como a Alesp é algo muito importante, diz Felipe Pinheiro, presidente estadual do PDT diversidade, já que, por muitos anos, a comunidade LGBTQIA+ foi representada por pessoas de fora do grupo. "Por muitas vezes, pessoas de fora falavam por nós. Vejo agora que estamos nos representando, participando do debate, independentemente da ideologia. Isso é muito rico para nossa democracia", afirmou.

Felipe ainda completou seu discurso com uma crítica ao Parlamento do Brasil como um todo, já que, segundo ele, a pauta LGBTQIA+ é mais atacada do que contemplada.

Também estiveram presentes no encontro outros integrantes do movimento PDT diversidade e de instituições de diversidade sexual, além de representantes religiosos e independentes da comunidade LGBTQIA+.