Opinião - Reformas afetam jovens e os jogam para a ?uberização?

As reformas trabalhista e previdenciária promovidas pelos Governos Temer e Bolsonaro afetaram toda a população de forma prejudicial, mas uma parcela específica do povo brasileiro está sentindo muito mais seus efeitos: a juventude.
Os jovens brasileiros, em especial os jovens negros, viram as oportunidades de emprego sumirem com a reformas, com o agravamento da crise econômica e a crise da pandemia.
Têm restado para eles, como posto de entrada no mercado profissional, o trabalho informal já categorizado pelos pesquisadores como "uberização". São os serviços de transporte de pessoas ou de produtos e alimentos em carros, motos e até bicicletas próprias. Segundo dados do IBGE, o desemprego atinge 30% dos jovens e eles já são a maioria dos empregados pelos sistemas de aplicativos para transporte de pessoas e entregas.
Apesar de os neoliberais maquiarem essas vagas e dizerem que são oportunidades de emprego com carga de horário flexível, que são complemento de renda, em que os jovens são seus próprios patrões, a realidade é que se trata de empregos informais e sob demanda, e se não têm carteira assinada também não tem benefícios como vale alimentação e plano de saúde, horas extras, férias e folgas.
A verdade é que esses jovens - dos quais 70% são negros - são mal remunerados e ainda arcam com todos os gastos e riscos da operação. A média de renda dos entregadores de moto e bicicleta é de R$ 963,00 para 14 horas diárias de trabalho, segundo a Pesquisa do Perfil dos Entregadores Ciclistas de Aplicativo, elaborada pela Alianc¸a Bike.
Junta-se a tudo isso o fato de que, trabalhando 14 horas por dia, os jovens não podem mais estudar, deixando de investir em sua formação.
No ano passado, houve uma mobilização dos trabalhadores de aplicativos, a chamada "breque dos aplicativos", denunciando as condições de trabalho e reivindicando alimentação, equipamento de proteção individual, proteção social e melhoria de renda, entre outras demandas que tratavam de condições mínimas de trabalho. Não houve acordo, e as seguidas altas nos preços dos combustíveis deve tornar esse serviço impraticável.
A uberização é a precarização total do mercado de trabalho para os jovens, sobretudo jovens negros. É urgente que se estabeleçam leis para essas relações de trabalho que protejam os trabalhadores. E mais urgente ainda uma política econômica e trabalhista que vise a inserção digna desses jovens no mercado, de forma que eles tenham renda e tempo para continuar a estudar e se qualificar. Se isso não for feito teremos comprometido o futuro de toda uma geração, isso poucos anos depois de vermos uma escalada de jovens à universidade e oportunidades de emprego nos Governos Lula e Dilma.
A juventude brasileira sangra e grita por socorro.
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