Sociólogo e educador espanhol expõe dialética de Paulo Freire em live comemorativa

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21/09/2021 12:45 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Miguel Arroyo professor emérito da UFMG<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2021/fg274340.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Participando da série de lives, promovidas pelo deputado Carlos Giannazi e pelo vereador Celso Giannazi (ambos do PSOL), em comemoração ao centenário de Paulo Freire, o sociólogo e educador espanhol Miguel Arroyo destacou na obra do colega o conceito de desumanização da classe trabalhadora. Para Arroyo, a desumanização chegou às Américas com as caravelas, já que os europeus, para legitimarem a espoliação e escravização dos povos nativos, os declararam carentes de racionalidade, portanto indignos de quaisquer direitos.

Para Arroyo, a classe trabalhadora continua sujeita a esse mesmo paradigma de humanidade catequético-colonizador, que é binário (separa os humanos dos inumanos), abissal (não há mobilidade entre os dois grupos) e sacrificial (a função dos inumanos servir aos humanos).

Conforme o professor emérito da UFMG, o revolucionário na dialética freiriana é o papel de protagonismo reservado ao educando. "Quem melhor que o oprimido conhece a cruel realidade de uma sociedade opressora? Nós, que fazemos parte da elite intelectual?", questionou. Então explicou que é justamente a partir do doloroso reconhecimento de sua desumanização, de sua opressão como realidade histórica, que o oprimido se questiona sobre uma outra possibilidade para sua existência.

Também participou da live a supervisora de ensino Luciene Cavalcante, que destacou a importância da obra de Arroyo, como os livros "Passageiros da Noite", "Vidas Ameaçadas", "Outros Sujeitos, Outras Pedagogias", "Currículo, Território em Disputa" e "Imagens Quebradas",


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