Seminário contra o SampaPrev 2 marca Dia do Funcionário Público na Câmara de SP

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04/11/2021 11:24 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Carlos Giannazi participa de seminário na Câmara Municipal<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2021/fg277560.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Para a supervisora de ensino da rede municipal, Luciene Cavalcante, foi mais do que um escárnio a pressão feita pela prefeitura de São Paulo para que a Câmara aprovasse em segunda votação, no Dia do Funcionário Público (28/10), o Projeto de Lei 652/2021. "É uma disputa de narrativa sobre o tipo de sociedade que nós queremos, especialmente em relação à qualidade dos serviços públicos, como saúde e educação", explicou, apontando que a retirada de direitos históricos dos servidores inevitavelmente precarizará a prestação dos serviços, e quem sofrerá as consequências será a população menos favorecida.

Luciene foi um dos participantes do Seminário contra o SampaPrev 2, realizado na mesma data da votação e no mesmo prédio da Câmara, mas sete andares acima do plenário, no Salão Nobre. O evento, realizado pelo vereador Celso Giannazi e o deputado estadual Carlos Giannazi (ambos do PSOL), reuniu depoimentos de servidores municipais e estaduais, que externaram sua indignação com o desmonte do Estado de bem-estar social previsto na Constituição de 1988.

A professora Ana Akemi, por exemplo, compartilhou dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) para desmascarar a tão difundida ideia de que o serviço público brasileiro é inchado. Segundo ele, o Brasil investiria 10% de seu PIB em salário de seus servidores, pouco se comparado com Espanha (17%) ou Austrália (12%). "A população brasileira é amplamente desassistida", concluiu.

Entre os participantes, o auxiliar técnico de educação (ATE) Caio Borges disse que gostaria de saber onde estão os privilégios de sua categoria e das demais carreiras do quadro de apoio. "O dinheiro é para poucos, apenas para os cargos de confiança, não para os efetivos", acusou. João Chaves, presidente da Associação dos Docentes da Unesp, respondeu à pergunta do colega. "Nosso privilégio como funcionários públicos é contribuir para a produção de ciência, de educação e de saúde de qualidade. E, por isso, somos atacados por quem está no poder. A eles não interessam pessoas que não se sujeitam, que fazem valer a própria competência e crivo profissional", afirmou.

A gravação do seminário está disponível em www.facebook.com/carlosgiannazioficial/videos/618970105812526.


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