Frente parlamentar discute principais problemas relacionados à violência contra a mulher

Evento contou com a participação de vítima e especialistas da área
09/12/2021 16:44 | Frente Parlamentar | Lucas Martins - Foto: Reprodução Rede Alesp

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Frente Parlamentar em Combate a Violência Contra a Mulher o Feminicídio e os Relacionamentos Abusivos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2021/fg279954.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Márcio Nakashima<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2021/fg279955.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Christiane Harumi Arima<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2021/fg279956.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Luciana Lopes<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2021/fg279957.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Rita de Cássia D?Ambrósio<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2021/fg279959.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> da Frente Parlamentar em Combate à Violência Contra a Mulher ao Feminicídio e aos Relacionamentos Abusivos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2021/fg279962.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Em reunião da Frente Parlamentar em Combate à Violência contra a Mulher, ao Feminicídio, e aos Relacionamentos Abusivos realizada nesta quinta-feira (09/12), vítima e especialistas da área falaram sobre os principais problemas que envolvem a violência doméstica e debateram iniciativa parlamentar que pretende conscientizar estudantes da rede estadual sobre a Lei Maria da Penha.

Cristiane Harumi, moradora do município de Praia Grande e estudante de serviço social, falou sobre o relacionamento abusivo que viveu recentemente e pediu celeridade nos processos de divórcio de mulheres agredidas.

"Eu tive um relacionamento abusivo e tive muita dificuldade de me divorciar, e isso tem que mudar. A partir do momento que a vítima quer sair daquela situação e comprova a violência, o juiz tem que assinar o divórcio logo e não deixar a vítima, como o meu caso, com o sobrenome do agressor. Isso é um martírio pra mim. Toda vez que eu vou assinar um documento eu lembro pelo que eu passei", falou.

Já Luciana Lopes, delegada titular da Delegacia da Defesa da Mulher de Guarulhos, falou sobre os principais fatores causadores de violência doméstica, baseada em sua experiência profissional.

"Na minha ótica existe a relação cultural e a dependência emocional. A violência começa de uma forma muito rápida, mas para esse ciclo se findar, às vezes demoram anos, décadas. Temos vítimas aqui que estão nessa situação há 40 anos. Mas temos aquela coisa do "ruim com ele, pior sem ele", disse.

A presidente da Help, organização sem fins lucrativos que oferece abrigo a mulheres que sofreram violência e aos seus filhos, Rita de Cássia Ambrósio, comentou a falta de amparo às vítimas após a agressão. "A vítima não tem para onde ir. Ela sai da delegacia e volta para o agressor. Esse ciclo se repete até que chegue ao ponto do feminicídio ou do suicídio. As mulheres chegam na Help sem perspectiva, nem para ela e nem para os seus filhos", falou.

Por fim, o coordenador da Frente Parlamentar, deputado Marcio Nakashima (PDT), destacou que, com base no depoimento das presentes, pretende apresentar novos projetos na Alesp. "Que a gente possa, diante de toda essa troca de experiências, embasar um documento e a criação de políticas públicas para mulheres vítimas desse tipo de violência", disse.

Além disso, o parlamentar citou o Projeto de Lei 519/2020, de sua autoria, que institui a "Campanha de Conscientização e Prevenção à Violência Doméstica" na rede estadual de ensino, a ser realizada anualmente na semana do dia 7 de agosto, em referência á data de promulgação da Lei Maria da Penha.

"Estamos correndo aqui na Alesp para aprovar esse projeto tão importante. Existe na sociedade, esse problema de que a violência é algo tão comum que as vezes ele nem pensa que está cometendo crime, por isso precisamos conscientizar", falou.

alesp