Falta de regulamentação deixa PCDs em impasse quanto ao pagamento do IPVA

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08/02/2022 13:41 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Abrão Dib e Carlos Giannazi no programa Desabafa PCD<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2022/fg281568.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Carlos Giannazi (PSOL) vai apresentar à Comissão de Finanças e Orçamento um requerimento de convocação do secretário da Fazenda e Planejamento, Henrique Meirelles, para que explique a demora na regulamentação da Lei 17.473/2021, aprovada pela Assembleia Legislativa em dezembro.

A lei deveria devolver às pessoas com deficiência (PCDs) a isenção de IPVA, mas, sem decreto regulamentador, a cobrança do imposto prossegue normalmente. Além disso, informações contraditórias do governo fazem com que esses proprietários de veículos fiquem sem saber o que fazer.

Em entrevistas à imprensa, Meirelles diz que o tributo deve ser pago, caso contrário haverá incidência de multas e juros. Já a secretária dos Direitos das PCDs, Célia Leão, diz que não, apesar de ela mesma ter defendido a restrição no benefício como forma de evitar fraudes.

No programa Desabafa PCD, veiculado em 28 de janeiro nas redes sociais, o jornalista Abrão Dib argumentou que, conforme informações do Detran, há no Estado apenas 647 peritos habilitados a avaliar as PCDs, por isso ele prevê mais uma barreira burocrática a ser transposta, caso haja a exigência de novos laudos. "As PCDs já têm o laudo biomédico, não há necessidade desse suposto laudo psicobiossocial", afirmou Giannazi, entrevistado do dia. "Eu temo que seja criado um grande mercado para a expedição de laudos a custo elevado. Esse governador só sabe fazer negócio", alertou.

Além da convocação de Meirelles, Giannazi promoveu, na quarta-feira (02/02), às 18h, no ambiente virtual da Alesp, uma audiência pública sobre o tema com membros da Comissão 48, entre eles o próprio jornalista Abrão Dib. "Temos todos de cobrar essa regulamentação, e se ela não for boa, nós vamos pedir a sua modificação. O que vocês estão reivindicando não é um favor, é um direito garantido por lei", afirmou.

alesp