A deputada estadual Márcia Lia está cobrando do Governo do Estado explicações para o fechamento das turmas de Terceiro Ano do Ensino Médio na Escola Estadual Alfredo Westin Júnior, em Presidente Bernardes.

Os alunos que optaram pelo estudo noturno na unidade escolar, por preferência ou por necessidade, foram surpreendidos com a falta de turmas neste ano letivo e estão sem estudar.

"É um absurdo o Estado não oferecer turmas de todos os anos do Ensino Médio no período noturno. Esta decisão arbitrária prejudica os nossos estudantes, que muito provavelmente já estão fazendo um esforço para terminar o ensino básico, uma vez que trabalham, fazem cursos ou cuidam de irmãos ou familiares durante o dia", considera a deputada Márcia Lia.

No requerimento de informação 254/2022, protocolado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) na última semana e encaminhado ao secretário de Educação, Rossieli Soares da Silva, a deputada quer saber por quais motivos não há salas de Terceiro Ano na Escola Estadual Alfredo Westin Júnior neste ano letivo.

De acordo com alunos e familiares dos estudantes que procuraram a deputada Márcia Lia para fazer a denúncia, até o ano passado havia duas turmas de terceiro ano do Ensino Médio no período noturno na cidade de Presidente Bernardes. No entanto, este ano letivo teve início apenas com salas diurnas, por decisão da Diretoria de Ensino da Região de Santo Anastácio, que alegou, segundo os pais de alunos, que não havia número suficiente de estudantes para abrir a sala.

"Mas, segundo os pais e mães nos informaram, são ao menos 15 estudantes que precisam estudar à noite no Terceiro Ano", diz a deputada.

Ainda segundo o grupo de pais e mães, alguns destes alunos trabalham durante o dia, outros fazem cursos técnicos no Sesc, Senai e IFSP em cidades vizinhas, há ainda quem faça estágios de manhã ou à tarde e, por fim, aqueles com responsabilidades de cuidado doméstico. Para eles, a única opção é o ensino regular no período da noite.

"Existe uma demanda e ela precisa ser atendida. Não há motivos que justifiquem a falta de salas de terceiro ano noturno na cidade, inclusive porque violam um direito destes estudantes, que é acesso à educação básica. Queremos uma explicação e uma solução para este problema", reforça Márcia Lia.